Querido, saí de casa! Gustavo Santos revela que não recebeu nenhuma palavra da TVI

Uma década depois, o apresentador cede o seu lugar e, em exclusivo à TV 7 Dias, conta como lhe foi dada a notícia. Decisão foi comunicada através de “telefonema atrapalhado” da produção do formato.

20 Set 2020 | 9:50
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A decisão apanhou todos de surpresa, inclusive o próprio. Gustavo Santos foi substituído por João Montez na apresentação da 30.ª temporada de Querido, Mudei a Casa!, do qual fazia parte há dez anos, ainda o programa era a âncora da SIC Mulher. A notícia foi-lhe dada “há aproximadamente quatro semanas”.

«A TVI nunca me contactou. Fui informado pela produtora. Curiosamente, quando recebi o telefonema, pensei que seria para me darem a planificação da próxima temporada», confessa o apresentador à TV 7 Dias, que já não gravava desde o final do ano passado. «Normalmente, acaba-se em dezembro e recomeça-se em abril, maio. Este ano, como estamos a passar por uma pandemia, foi-se atrasando. Durante este tempo, mantive conversas com a diretora de Produção da Briskman Entertainment, a Ana Antunes, e falámos sempre com a certeza de que seria eu a fazer o programa, porque era normal que assim fosse.» Mas quis a TVI que não.

«Foi um telefonema um bocadinho atrapalhado da parte da produção, porque, porventura, eles também não estariam à espera… Não faço ideia», equaciona Gustavo Santos, de 43 anos, que expressa a sua «surpresa» com a mudança, ainda que garanta «não guardar qualquer mágoa» da decisão da Direção de Programas da TVI, agora liderada por Cristina Ferreira, com quem tem «uma relação muito escassa». «Não vale a pena levar nada a mal, não vale a pena sentir-me pessoalmente atingido por nada. Não guardo rancores. Mesmo! Nem queria que ninguém, ou da TVI ou da Briskman, tivesse tido um comportamento diferente. Zero.»

Ao mesmo tempo em que recebia «mensagens de malta surpreendida» com a sua saída forçada, o também escritor sublinhava à TV 7 Dias a ideia de que o formato em questão «está muito à frente de qualquer apresentador que o possa defender», pelo conceito nele incutido. E justifica: «É um programa que faz muito bem às pessoas e isso posso dizê-lo, porque estive lá muitos anos. Via todas as semanas a forma como as pessoas eram tocadas e como a vida delas era, de facto, melhorada. Portanto, seja qual for o apresentador, o importante é que o programa continue.»

«No dia em que deixar de fazer o Querido, à partida, deixo de fazer televisão»

Concretizada a despedida, Gustavo Santos acredita que chegou ao fim um ciclo da sua vida. «Disse sempre: no dia em que deixar de fazer o Querido, à partida, deixo de fazer televisão. E, se calhar, é mesmo a minha despedida da televisão. Não sei se vai aparecer alguma coisa ou não, mas, honestamente, não penso em nada disso nem vou atrás de produtora alguma para pedir seja o que for. Acho que é um caminho que pode ter ficado por aqui», admite, para logo a seguir ressalvar: «Mas não fecho portas.»

Texto: Dúlio Silva (dulio.silva@worldimpalanet.com); Fotos: DR e Arquivo Impala

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