TV 7 Dias – Como surgiu a oportunidade de ser o juiz de A Sentença?
Hélder Fráguas – O convite foi-me formulado com uma apresentação do que seria o programa e já com uma maquete da sala de audiências. Ainda sem saber se estaria em condições de aceitar, fiquei muito satisfeito com a implementação de um formato que existe em vários países. Na altura, pensei: seja eu ou outra pessoa a assumir as funções de juiz, será com certeza um programa interessante.
O que o fez aceitar este convite?
Tenho 58 anos e uma longa carreira, de 34, desde que finalizei os meus estudos na Faculdade de Direito de Lisboa. Estou em condições de poder optar pelo que é o meu trabalho. É algo que não sucedia quando exercia o meu cargo de juiz no ativo. Um juiz tem de julgar os casos que lhe são distribuídos por sorteio. Só pode recusar em situações muito excecionais, como seja a circunstância de um familiar estar envolvido no processo.
A relação que tinha com a TVI pesou nesta decisão?
A minha relação com a TVI é a de telespectador e admirador de um canal prestigiado, com uma importante presença no panorama televisivo nacional. Naturalmente, não é indiferente o convite partir da TVI ou de outro canal. Não me identifico tanto com um canal que promova a caça, por exemplo.
Pediu a opinião à família, por exemplo? O que lhe disseram?
Pedi algumas opiniões, mas sobretudo no domínio que mais consequências acarretaria a aceitação deste desafio. Trata-se do aspeto profissional. Só poderia envolver-me em A Sentença caso preparasse tudo para deixar o escritório temporariamente. Do ponto de vista familiar, não houve grandes alterações nem era previsível que houvesse. De entre os familiares, quase só dialoguei com a minha filha Joana, por ambos partilharmos a paixão pelo Direito.
Leia a entrevista toda a entrevista na TV 7 Dias já em banca.
Texto: Ana Lúcia Sousa Fotos: Divulgação TVI