Hélder Reis perdeu a mãe há dois meses e revela: «Agora sou muito mais eu» 

Hélder Reis esteve n’O Programa da Cristina para recordar o momento difícil que atravessou recentemente com a morte da mãe.

12 Mar 2020 | 17:30
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Sem beijinhos nem abraços, devido ao vírus COVID-19, mas com um poema na mão, Hélder Reis entrou pela casa de Cristina Ferreira para abrir o coração. O apresentador de Aqui Portugal recordou um pouco da sua infância e a dor que sentiu há dois meses com a morte da mãe.

Natural de Esmoriz, Hélder relembra que tomou a decisão de enveredar pela vertente religiosa ao decidir, com apenas 12 anos, que queria ser padre. Assumindo que era «muito novo», Hélder esteve no seminário de Ermesinde, longe de casa, durante 12 anos. «Foi difícil, mas fez-me homem muito cedo (…) estive a meio ano de ser padre, ainda bem que não cheguei lá. Tecnicamente, poderia ser um bom padre». O homem de 44 anos encontrou na televisão a verdadeira vocação: «Podemos fazer o cumprir da Igreja diariamente. Ser amor».

O rosto da RTP1 confessa que, de toda a família, era com a mãe que tinha uma relação mais próxima. «A minha mãe sempre foi muito conciliadora. Ali, eu via paz! O resto da família, fui-me desligando um bocadinho». Admite ter apenas uma relação «cordial» com os irmãos mais velhos, que emigraram muito cedo.

«Aquilo [hemodiálise] é lixado, sais dali sugado»

Cristina Ferreira questiona-o sobre como é viver sem a mãe, tendo em conta que morreu há apenas dois meses e Hélder descreve-a como uma «resiliente». Aos 84 anos, a mãe de Hélder teve de fazer hemodiálise durante 15 anos. «Não tinha o direito de querer que a minha mãe estivesse mais tempo comigo. Era insuficiente renal e vejo sempre as coisas por este lado: ensinou-me a beber água, cuidar do nosso corpo (….) Não se queixava. Aquilo [hemodiálise] é lixado, sais dali sugado». 

Hélder desabafa que, após um período mais delicado, a mãe apresentava uma «recuperação abrupta», que o deixou esperançoso. «Tive aquela esperança, mas esteve só três dias connosco (…) Deixar de ser filho é tramado, é complicado, agora estou eu. Por outro lado, tem uma coisa ótima, sou muito mais eu», diz.

A trabalhar já há muitos anos na RTP, Hélder mostra-se aberto a novos desafios profissionais. «Acho que tenho sonhado um bocadinho mais do que aquilo que me têm dado, mas acho que o melhor ainda está para vir. A RTP sempre me permitiu ser eu. Sou muito realizado nos programas que faço. Acho que posso fazer muito mais na televisão», confessa a Cristina Ferreira.

Texto: Inês Borges/ Fotos: DR

 

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