Helena Coelho critica cena da série das Doce: “Eu não era assim”

Há uma cena da série da RTP1 sobre as Doce, derivada do filme “Bem Bom”, que foi criticada por parte de Helena Coelho, membro do grupo

14 Nov 2021 | 21:35
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A série da RTP1 sobre as Doce, derivada do filme “Bem Bom”, mereceu uma crítica cerrada por parte de Helena Coelho, que acusa a história escrita por Patrícia Sequeira de distorcer a realidade. “Há uma cena no aeroporto em que passa um indivíduo que diz qualquer coisa sobre o Reinaldo [Gomes, o jogador do Benfica envolvido num escândalo sexual com Laura Diogo] e a minha personagem começa aos gritos e a chamar-lhe ‘cabr**’. Ora, eu não era assim”, disse a ex-Doce no programa do canal público “Cá por Casa”, de Herman José.

“Quanto muito, eu ia ter com esse indivíduo, agarrava-o pelo colarinho, olhava-o nos olhos e chamava-o de ‘cabr**’ na cara. Não era para o aeroporto ouvir. Não fazia aquela escandaleira. Nós tínhamos um comportamento digno”, acrescentou.

Já no Instagram, voltou à “guerra” que opõe a banda feminina dos anos 1980 a Ágata. Esta cantora, que não é retratada na trama, sentiu-se excluída da história e Lena Coelho, sem nunca mencionar o seu nome, chama-se de “pneu suplente”.

 

“As Doce eram um quarteto, acabaram em trio”

“Metaforicamente falando, as Doce foram um automóvel de luxo que, como todos os automóveis, têm um pneu suplente/sobressalente, pneu esse que só se utiliza quando um dos principais se avaria, sendo que assim que o pneu original é arranjado, volta ao porta bagagens”, inicia.

“No nosso caso, não voltámos a ter um dos pneus principais, por isso, as Doce, que eram um quarteto, acabaram em trio. Laura Diogo, Helena Coelho e Teresa Miguel foram os elementos originais do grupo que puseram fim ao mesmo. Juntas fizeram os últimos espectáculos e aparições televisivas. Juntas com o mesmo profissionalismo, a mesma força e dignidade de sempre e sempre com a Fá [Fátima Padinha] no coração!”, termina.

Ágata, que nessa época dava pelo seu nome de batismo, Fernanda, integrou o grupo em 1985, um ano antes deste chegar ao fim, para substituir Lena Coelho, que estava grávida. Acabou por ficar nas Doce quando Fátima Padinha abandonou a banda.

À Nova Gente, Ágata mostrou a sua revolta quando o filme “Bem Bom” foi anunciado, no início do ano passado. “Se é sobre o grupo, devia ser do princípio ao fim. E não é. Eu fiz parte das Doce e não sou retratada no filme, por isso acho que está incompleto”, disse a artista. “Eu tenho muitas histórias para contar e elas não devem querer que eu fale. Devem ter tido receio que eu contasse o que se passava nos bastidores”, atirou.

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Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Arquivo Impala e redes sociais

 

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