De ‘agricultora’ a construtora! Inês de Agricultores apanhada às compras para a casa

Inês Martins está a construir o seu sonho com as próprias mãos. A cabeleireira, que ficou conhecida na primeira edição de Quem Quer Namorar com o Agricultor?, mostra-se dedicada à construção civil.

20 Jun 2020 | 9:00
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Domingo, 7 de junho, de manhã. Ao invés de estar a descansar, depois de um sábado de trabalho no seu salão, Inês Martins rumou a Lisboa com a irmã, Sílvia e o afilhado, Ivo. Objetivo? Comprar materiais de construção para um projeto muito especial: a sua nova casa.

Um prédio que está a recuperar, mesmo no centro de Estremoz, e onde será também o seu salão. Inês está a fazer as obras de remodelação do prédio sozinha e conta-nos tudo sobre este processo. «Escolhi esta casa porque fica mesmo no centro de Estremoz e tem vista para o rossio com o seu famoso mercado de velharias para o nosso lindo castelo. Queria ir viver para o campo mas não pensei duas vezes quando vi que, sendo um prédio de dois andares, poderia fazer do rés-do-chão o cabeleireiro e concretizar o sonho do meu pai: ter um espaço de cabeleireiro mesmo meu e não alugado», começa por explicar à TV 7 Dias.

Desde a burocracia até à canalização, passado pela carpintaria, é Inês quem está a gerir esta orquestra. «Tenho aprendido nomes de materiais, certas funções de cada um deles. Quando falo com os entendidos ficam de boca aberta por eu saber bem o que quero e entender do que falo. Aprendi a ouvir conselhos dos especialistas de cada profissão, mas também aprendi a bater o pé quando estou mesmo decidida em algo», conta, revelando ainda que, antes de tomar uma decisão, ouve sempre «três opiniões diferentes».

A paixão de Inês Martins pelas remodelações começou logo aos 21 anos, quando abriu o seu primeiro cabeleireiro. «Dois anos depois comprei o meu apartamento sozinha. Os meus pais foram fiadores mas tenho orgulho de, até hoje, não ter tido necessidade de recorrer a eles para me ajudarem em nenhuma prestação».

A independência, seja financeira seja emocional, é um motivo de orgulho para a cabeleireira. Tanto que, quando recebe mensagens de homens a oferecer ajuda recusa… com um sorriso. «Já me aconteceu eles oferecerem-se… Mas levo como piada. Não sou muito de pedir ajuda e tenho a minha família a quem recorro sempre, estão sempre presentes», explica, revelando também que há seguidores masculinos que lhe dão os parabéns por estar a levar a cabo esta tarefa.

«Não gosto de ser vista como princesa ou Barbie. Sou uma lutadora que gosta de tratar tudo sozinha se for preciso. Dá-me prazer não depender de um homem», afiança. No entanto, isso nem sempre é positivo, realça Inês. «Infelizmente isso também é um dos motivos para os assustar. Eles gostam de ter princesas e fadas do lar para proteger».

 

«Tive que me erguer mais uma vez sozinha»

Depois da sua primeira casa, Inês conheceu o pai dos filhos, Eric e João, atualmente com 13 e 16 anos. «Comprámos uma moradia e esse apartamento ficou até hoje alugado a um casal. Depois deu-se a minha separação e posso dizer que foi a única casa em que perdi dinheiro. Investi muito nela pensando que era para a vida. Aprendi que nada é para sempre da pior maneira», lamenta a ex-candidata do agricultor Filipe Camejo.

Pôs mãos à obra e não só criou um espaço para si mas também para os pais. «Tive que me erguer mais uma vez sozinha. Comprei a casa da minha adolescência, a dos meus pais. Uma moradia que os meus pais tinham alugado a pessoas que literalmente a tinham vindo a destruir. Já nem tomadas tinha», recorda.

Enquanto recuperava a casa onde viveu durante a adolescência, Inês ajudou os pais a pagar o monte onde vivem atualmente. Tudo isto com um orçamento gerido com pinças. «Gastei 20 000€ numas obras que pareceram de luxo mas soube poupar. Até painel solar tinha e aquecimento central! Canalização, eletricidade, cozinha e casas de banho. Morei lá dois anos e as minhas amigas chamaram-me louca de a querer vender, mas de repente, decidi ir viver para o campo e sabia que ia lucrar na venda», explica.

A teimosia e o facto de não querer baixar o preço da casa que tinha renovado acabaram por dar frutos. «Muitas casais iam ver, adoravam mas todos queriam baixar o valor. Bati o pé e não quis baixar. Saí da agência e decidi vender sozinha. Duas semanas depois aparece-me uma cliente… Nada é por acaso. E lá a vendi com 30 mil euros de lucro».

Os filhos, em especial o mais pequeno, são companheiros de Inês nesta verdadeira odisseia de tijolos, cimento, cabos de eletricidade e canalizações. «O mais pequeno sai à mãe no gosto pela decoração, é todo perfecionista e organizado. Já me ajuda nas decisões e já pesquisou tirando ideias da net. Pergunta-me se acho que dará trabalho ou ficará caro. É muito preocupado e poupadinho como a mãe dele (risos)!», relata.

Devido à pandemia, as obras do seu novo lar atrasaram e Inês já nem quer arriscar uma previsão para a conclusão das mesmas. «Decidi comprar em junho. Foi tão difícil a venda que demorou até dezembro para fazer a escritura. As obras eram para ficar prontas em março mas com a epidemia abrandou. Agora lanço um palpite para setembro mas sem stress ou pressão porque prefiro levar a vida assim», explica. Além das obras, Inês dedica-se também ao restauro de móveis. «Entretanto já ando a comprar imensas coisas para restaurar. Vai ser tudo à base de transformar o antigo em novo», conta.

Neste verdadeiro “Querido, Mudei a Casa”, resta saber se já existe algum ‘querido’ a ocupar o coração de Inês Martins. Solteira desde o fim do namoro com Mário Gonçalves, em abril passado, a cabeleireira afiança que é assim que vai continuar. «Não há nenhum querido (risos)! Não sou uma pessoa fácil de me apaixonar e cada vez sou uma pessoa mais exigente. Sei bem o tipo de pessoa que quero ao meu lado a partilhar momentos. Quero alguém que me dê paz, respeite a minha forma de ser e me aceite como sou, me faça rir e seja assim muito familiar. É um conjunto difícil de encontrar. Então vou vivendo comigo mesma rodeada de carinho das minhas seguidoras, dos meus clientes e principalmente da minha família», conclui.

Texto: Raquel Costa (raquel.costa@worldimpalanet.com); Fotos: Helena Morais, Inês Martins e Divulgação SIC

 

 

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