Maria Botelho Moniz abriu o coração e contou tudo a Cláudio Ramos, numa entrevista intimista emitida no “Dois às 10” desta sexta-feira, dia 26 de maio. A apresentadora revelou que teve muitos problemas em engravidar e que acabou por ter de recorrer à fertilização in vitro. Devido ao avançar da idade e às tentativas falhadas, Maria submeteu-se a vários estudos e exames e percebeu que, para a média, tinha baixa quantidade de óvulos e, por isso, teve de recorrer a tratamentos para estimular a ovulação. Para isso, Maria tomava injeções diárias que teve de realizar para conseguir engravidar: “Algumas cheguei a dá-las aqui no estúdio. Tinha horas muito certas para o fazer”. Porém, estes tratamentos iniciais não tiveram sucesso: “Passaram seis meses e nada”.
Foi aí que, com recomendação de um médico especialista, avançar para um tratamento mais “sério” e optou pela fertilização in vitro em janeiro. Contudo, não correu como o esperado: “O meu corpo não respondeu muito bem”, disse, referindo que durou apenas duas semanas. “Tivemos de mandar o ciclo abaixo”, recordou. “É muito difícil. Primeiro estava sozinha em Lisboa, o Pedro estava na Arábia Saudita no Dakar. A minha comunicação com ele era muito parca, rápida, era muito difícil falarmos ao telefone (…) Disseram que eu tenho uma reserva ovárica ligeiramente baixa para a minha idade”.
“Andava muito ansiosa. Quando te dizem que isto é um possibilidade e o teu corpo não responde… é só que e é. O corpo não corresponde”, afirmou. Apenas a mãe e algumas amigas mais próximas acompanharam, de perto, o processo, uma vez que Maria não queria estar a “justificar-se” a muitas pessoas caso os tratamentos falhassem.
“Fui-me um bocado abaixo”
“Fui-me um bocado abaixo”, disse, referindo-se ao tratamento realizado em janeiro. O corpo da apresentadora sofreu muitas alterações: “Engordei bastante (…) Fiquei com o pavio mais curto, irritava-me com mais facildade, tinha pouca paciência, só me apetecia chorar, ora estava muito feliz ou muito triste, tinha dor de cabeça, acordava à meia noite a arder de calor”, relatou, dizendo que lhe foi induzida uma espécie de “menopausa”.
Em fevereiro realizou o último tratamento e, felizmente, tudo correu pelo melhor. “Foi um ciclo mais longo, com mais injeções. Hormonalmente foi uma loucura. Engordei bastante nesse espaço de tempo. Foi à primeira”.
“Acordei no dia 12 de março com a certeza absoluta de que estava grávida”
Contrariamente ao que lhe foi recomendado, em que deveria fazer análises na clínica para saber se estaria ou não grávida, Maria preferiu comprar um teste e fazer em casa, da maneira “tradicional”. “Fiz o primeiro teste sozinha. Acordei no dia 12 de março com a certeza absoluta de que estava grávida”, afirmou.
Como a gravidez foi “provocada”, Maria quis ter aquele factor “surpresa” na sua vida e realmente conseguiu. “Fiz o teste e dá positivo. Não consegui chorar de emoção. Fiquei assoberbada”, rematou.
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Texto: Inês Borges; Fotos: DR
