O juiz Rui Fonseca e Castro, suspenso preventivamente há quatro meses pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) pelas suas posições negacionistas, arrisca um novo processo disciplinar, por ter insultado o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues. Um dos dois vídeos em causa acabou mesmo por ser removido pelo YouTube por violar a política de assédio e de “bullying”.
No primeiro dos vídeos, publicado a 18 de julho no YouTube e no Facebook em reação ao anúncio do Governo de que iria rever a lei que regula o exercício do direito de manifestação, Rui Fonseca e Castro refere-se a António Costa como “o maior protetor de pedófilos do país” e ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, como o “maior verme do país”. Em seguida, o juiz insinua que aquela proposta de alteração legislativa – ainda por aprovar em Conselho de Ministros – visará que só alguns partidos, apoiantes do que diz ser o “regime”, se possam manifestar.
Juiz pede a Ferro Rodrigues para acabar com “própria vida”
Já no segundo vídeo, entretanto removido pelo YouTube, o magistrado apelida Ferro Rodrigues de “pedófilo”. “Pois bem, o senhor Ferro Rodrigues é um pedófilo. É um abusador sexual de crianças. Preferencialmente crianças institucionalizadas. Se lhe resta algum pingo de vergonha, deveria tirar a sua própria vida”, atira o juiz.
O CSM admite que “os novos factos com relevância disciplinar podem dar origem a um novo processo disciplinar”, ou, em alternativa, “ampliarem o objeto do processo já existente, dependendo da fase em que se encontra o primeiro processo disciplinar”, disse fonte oficial ao JN.