Iva Domingues sofreu o primeiro “grande choque” da sua vida aos 13 anos, quando o pai morreu, aos 42, de forma repentina. Nos anos seguintes, a apresentadora do “Extra” do “Big Brother – Duplo Impacto” viveu fortes emoções que acabaram por a levar ao fundo do poço.
“Eu não fiz o luto porque não podia”, explicou Iva Domingues a Fátima Lopes, numa entrevista emitida pela TVI na tarde deste sábado, 9 de janeiro. “A minha mãe não soube lidar com a perda. O que eu fiz foi cuidar dela. Eu só a tinha a ela. Pensei que tinha de ter força porque ela estava muito mal. Aguentei mais por ela. Foram assim os primeiros anos, até eu ir abaixo”, explicou.
O “ir abaixo” aconteceu quatro anos depois. “Aos 17 tive uma depressão, acompanhada por um esgotamento grave. Fui vista por vários médicos e tive de deixar a escola. Estava no 10.º ano. Fui mandada para casa. Não podia ter nenhuma atividade intelectual. Estive nove meses sem poder ligar a televisão, ouvir mísica, pegar num livro…”, relata, emocionada.
Iva passava os seus dias a “passear na praia, no campo, a dormir, a contemplar”. “Eu não podia exercitar em quase nada a minha cabeça. Também estava muito cansada e medicada. Esses nove meses são uma névoa, não me lembro muito bem”, frisa, para logo a seguir acrescentar: “Eu tinha 16 anos e estava um caco. Não tinha vontade para nada. Nessa altura, foi a minha mãe a força. E, aos bocadinhos, eu fui voltando”.
A perda do pai fez com que a comunicadora, de 44 anos, nunca mais fosse a mesma. “Descobrimos coisas em nós que não conheciamos. Eu mudei muito. Nunca mais fui tão alegre. Era muito revoltada e triste. Mas, em vez de fazer disparates, canalizei para os estudos. Queria provar que, mesmo sem o me pai, eu era filha dele. Que o que ele tinha feito tinha sido um bom trabalho”, recorda.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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