Jô Caneças EM SOFRIMENTO com CANCRO: «Tenho passado HORRORES»

Jô Caneças abriu as portas de casa para receber o amigo Manuel Luís Goucha e falar abertamente do sofrimento causado pela luta contra o cancro.

08 Jan 2019 | 12:52
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Jô Caneças esteve esta terça-feira, dia 8 de janeiro, em grande entrevista no Você Na TV. A socialite recebeu Manuel Luís Goucha no conforto do lar para falar dos momentos difíceis pelos quais tem passado nos últimos dois anos.

Com um sorriso no rosto e pensamento positivo, Jô contou detalhes dos tratamentos para travar a doença do cancro, que começou por afetar o pâncreas e se alastrou para o fígado.

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«Gosto muito da vida»

 

«Gosto muito da vida, de ver gente», começa por dizer, confessando que vai muitas vezes ao Casino só para estar rodeada de pessoas e que continua a adorar festas. No entanto, a quimioterapia tem-lhe colocado várias limitações.

«Não posso dar beijos, os médicos proibiram-me», refere. O próprio cheio das lacas e dos perfumes causam-lhe imensa confusão.

«Na quimioterapia, são cinco horas a levar com o cateter. Trago a botija para casa e estou mais 48 horas a levar com aquela droga. Quando tiro, parece que ainda fico pior…Parece que me faz falta! Chego a andar de cadeira de rodas», revela.

 

«Sentia que tinha alguma coisa ruim»

 

A mulher de Álvaro Caneças relembra que o momento em que descobriu que estava doente foi durante uma passagem de ano.

«Entrei bem, comecei com champanhe mas comecei a sentir-me mal e a ficar muito inchada. Não deixei acabar a noite. Vim para casa, meti-me na cama, nem me lavei, e comecei a ficar muito encolhida, cheia de dores. Não comi nada no dia seguinte, emagreci imenso. Fiquei três dias assim».

Ao ver Jô com estes sintomas anormais, Álvaro marcou prontamente uma consulta.

«Fui ter com a Dra. Paula Cabrita. Sentei-me na secretaria com a cabeça sobre os braços. A médica mandou-me deitar e foi logo ao sítio certinho mexer. Quando carregava, não me doía. Tive uma sorte bestial porque marcaram-me os exames e fui logo chamada». 

Quando confrontada com a confirmação do cancro, Jô afirma que «já sabia que tinha».

«Sentia que tinha alguma coisa ruim. Houve um choque com a confirmação. Herdei aquilo da minha mãe, só que naquela altura na Régua não existiam tantos cuidados médicos». 

 

«Parecia uma astronauta»

Jô assume que «passou mal» com os tratamentos e relembra os procedimentos e toda a angustia que sentiu.

«Fiz não sei quanta quimio antes da operação. Puseram-me um isolamento para isolar o pâncreas, para ver se curavam a inflamação à volta. No dia 3 de maio fui operada. Demorou sete horas e meia. Levei 40 pontos». 

Confessa a Goucha que tem pena de não ter tirado uma fotografia na altura, pois, segundo a própria, «parecia uma astronauta».

«Estava entubada por todo lado. Uma coisa horrosa».

 

Se não fosse o marido, teria desistido

 

Quando a operação terminou, Jô refere que o marido «agarrou-se aos saltos».

Para além dos amigos e das mensagens de pessoas anónimas que a têm apoiado, Álvaro tem sido o grande pilar.

«Tenho passado horrores. Ele dá-me força e vai comigo. Se não fosse ele, em algumas alturas já tinha desistido. Esta doença começa a entrar em nós e muda a cabeça e o organismo». 

A socialite garante que tem «uma força de querer ser curada», e é justamente essa mensagem que deixa às pessoas que sofrem dos mesmos problemas.

«Nunca desistam. Não cruzem os braços, vão à luta. Procurem outros médicos, recorram a produtos naturais. Peçam a Deus, mas não deixem a medicina. Vão sempre até à última», declara.

Texto: Inês Borges / Fotos: Arquivo Impala e DR

 

 

 

 

 

 

 

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