Joana Marques revela qual é jurado mais “mauzão” dos “Ídolos”

Os jurados de Ídolos, programa que estreia dia 9 de abril na SIC, contam como receberam o convite e como têm corrido as provas de seleção dos candidatos.

09 Abr 2022 | 10:30
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O programa Ídolos está de volta à antena da SIC já no próximo dia 9 de abril. O talent show será apresentado por Sara Matos e terá como jurados Martim Sousa TavaresJoana Marques, Ana Bacalhau e Tatanka, Na apresentação do formato à imprensa, que decorreu esta quarta-feira, 30 de março, no Capitólio, em Lisboa, Daniel Oliveira, diretor-geral de Entretenimento do grupo Impresa, referiu que a prestação da Sara “tem sido absolutamente notável, assim como a de todos os jurados e isso vai ser bem patente desde o primeiro segundo. Foram criteriosos nas suas escolhas e quando vimos as primeira imagens ficámos completamente satisfeitos em relação às expectativas que tínhamos”.

Também a atriz, que se estreia na apresentação com este formato, definiu a escolha do painel de jurados como “improvável, mas certeira” e avisou logo que Joana Marques não seria assim tão “extremamente desagradável”, apontando Martim como o mais assertivo. É o mais mauzão? “Sabe dizer as coisas da maneira mais educada possível. Não há maus. O menos bom seria ele”, disse.

Ídolos: Jurados partilham experiências das gravações

Sentados nas suas cadeiras, os jurados contaram como receberam o convite para este projeto e revelaram como estão a correr as semanas de gravações, que dizem respeito à seleção dos candidatos.

Martim Sousa Tavares, de 30 anos, assume que quando recebeu a mensagem de Daniel Oliveira na qual perguntava se lhe podia ligar em breve, achou que iria ser convidado para o Alta Definição. “Pensei que ia perguntar o que é que dizem os meus olhos”, começou por dizer o maestro, que ficou radiante ao saber que se tratava do Ídolos, pois cresceu a ver o programa e chegou a ter amigos a concorrer. “Caiu-me o sétimo céu, como se diz (…) Estar aqui deste lado é uma responsabilidade muito grande e aceitei-o com sentido de missão”, afirma Martim, adiantando que dos quatro jurados é “aquele que deixa passar menos bolas”. No fundo, por ser assertivo, frontal, deixar pouco espaço à intuição e avaliar sem rodeios. “A minha intenção é ser construtivo com todos, de forma a levarem feedback que os ajude a crescer. Acho que eles sentem que isso vem mesmo do fundo do peito, que é genuíno”.

Joana Marques, ao contrário de Martim, recebeu o convite há pouco tempo. “Foi depois de todas as pessoas dizerem que não. Faltava um e, à última, lá fui eu”, brincou a humorista, contando que preferiu falar com Daniel Oliveira por mensagem e não foi difícil de convencer. “Disse que sim e, no dia seguinte, pus-me a pensar: ‘Porquê? Agora é tarde demais para voltar atrás’”.  Aceitou o desafio e diz não estar arrependida deste ‘tiro no escuro’, pois, afinal, não percebe nada de música, mas a sua opinião pode ser “mais parecida com a do público”. “O Daniel fez aqui era o que se fazia na altura com as boys band e girls band: juntar quatro elementos que nada têm a ver uns com os outros e esperar que a coisa resulte, tipo Excesso. E no nosso caso está a resultar. Não sei qual de nós é o Melão, o Gonzo, ainda estamos a descobrir, mas a coisa está a resultar muito bem”, voltou a ironizar. “Acho que somos muito complementares e corremos o risco até de ficarmos amigos no fim. Não vim cá para isso, mas é o que se calhar vai acontecer”, referindo que todos os candidatos já sabem “que o Martim é péssimo”, apesar do seu ar querido, angelical”. Quanto a si, promete que não vai ser desagradável. “Quero falar mal deles no futuro, quer dizer que já são ídolos firmados, agora ainda não. Estão numa posição um bocadinho frágil”.

Já Ana Bacalhau não tentou sequer fingir que iria oferecer resistência quando lhe falaram do convite para ser jurada do Ídolos: “Foi logo um sim rasgado, porque o Ídolos é um formato que eu conheço muito bem. E esta ideia de poder, de alguma forma, ajudar no percurso daquilo que vai ser a música portuguesa é uma coisa que me agrada e traz muita felicidade”. Ainda assim, a cantora tinha um receio. “Esta dificuldade que tenho em dizer não a pessoas com aquele brilho nos olhos, que acham que esta vai ser a cena da vida delas”, conta, adiantando que tenta passar ensinamentos e fazer uma avaliação o mais justa possível. Ana disse ainda que tenta dar força a quem fica pelo caminho, até porque também ela já esteve nesse papel. “Aos 19 anos, concorri ao Chuva de Estrelas e não passei, levei um belo de um não. Ainda bem que não passei porque na altura não estava preparada. Não foi um não na cara, porque fui lá cantar e depois não me chamaram”.

Tatanka começou por dizer que, contrário do Martim, propôs-se ao programa. “Disse logo que queria vir”, brincou o fundador da banda The Black Mamba que venceu  o Festival RTP da Canção 2021. “Era uma coisa que eu gostava de fazer para ajudar. Sentia que podia ser uma mais-valia e ajudar esta nova geração a alcançar estes sonhos”, afirma o músico, acrescentando: “Tem sido gratificante dar uma opinião construtiva e ajudar pessoas a saírem daqui com ferramentas para melhorarem. Saírem daqui não só com um não, mas com uma ‘corda’ à qual se possam agarrar”.

Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: DR
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