A TV 7 Dias acompanhou, nesta quarta-feira, dia 7, no Tribunal de Loures, o veredito final do processo de violência doméstica contra o ator João Baptista. A ex-namorada do artista, Dina Kelly, acusou o ex de “perseguição e agressões” que, alegadamente, teriam decorrido entre julho de 2017 e abril de 2018.
João Baptista fez-se acompanhar a tribunal pelo seu advogado, Ricardo Tavares. Já Dina Kelly não compareceu, tendo sido apenas representada pelo advogado, José Paulo Pinho. Durante o julgamento, a juíza deu como provado: o controlo do telemóvel da companheira, por parte do ator; ofensas gratuitas, incluindo tratá-la por “p*ta, maluca ou mongolóide”; tê-la agarrado, imobilizado, fazendo-a cair e ficar com hematomas; atirar bebida contra a ex-companheira; ter partido uma cadeira, ao atirar o objeto contra o teto; não ter aceitado o fim do relacionamento, e ido várias vezes ao local de trabalho da empresária na área da estética após o fim.
Ao não ter prestado declarações durante o processo, a juíza declarou que João Baptista “desperdiçou” a oportunidade de “dar a sua versão dos factos” ou “mostrar arrependimento” pelo sucedido, sendo que, assim, foi apenas possível saber a versão da ex-namorada do ator.
A juiza considerou ainda que, através das mensagens enviadas pelo artista, é possível deduzir que Dina Kelly sofreu humilhação, vergonha, violência e que ele queria reatar com ela após o fim do relacionamento. Além disso, a ex-companheira do ator depôs numa postura que “transmitiu consistência, fiabilidade e sinceridade” e que a versão das testemunhas do ator “não foram suficientes para abalar a credibilidade da vítima”.
Assim sendo, João Baptista foi condenado a vinte meses de prisão, com pena suspensa, a pagar dois mil euros de indemnização e ser acompanhado, durante este período, pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais
O advogado do ator revelou, à TV 7 Dias, que não ia recorrer, por já estar à espera do desfecho.
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