A Polícia Judiciária e o Ministério Público avançaram na manhã desta terça-feira, 30 de junho, com uma megaoperação que visa a detenção do empresário madeirense Joe Berardo, por suspeitas de crimes como burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais – pela forma como conseguiu obter, em 2006, empréstimos da Caixa Geral de Depósitos, que em 2015 ainda revelavam uma exposição do banco público à Fundação Berardo na ordem dos 268 milhões de euros em créditos mal parados.
A notícia está a ser avançada pelo Correio da Manhã, que explica que em causa está a forma como depois montou um esquema de dissipação de património e dinheiro, através de empresas-veículo, para conseguir escapar aos credores. Acredita a investigação que esse créditos ruinosos na caixa – de 350 milhões de euros para compra de ações do BCP, que logo depois desvalorizaram – foram conseguidos através de uma relação privilegiada com o Governo que na altura era liderado por José Sócrates.
Prejuízo de quase mil milhões de euros
O Ministério Público estabelece ainda uma relação entre a concessão desses créditos e o facto de ter sido celebrado com o Governo um acordo para que 862 obras de arte da fundação Berardo fossem expostas no Centro Cultural de Belém. As obras foram então cedidas ao Estado, num acordo de comodato por 10 anos, e avaliadas na altura pela leiloeira internacional Christie’s em 316 milhões de euros.
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