A registar baixas audiências, o programa Praça da Alegria, da RTP1, tem-se mantido imune à guerra que opõe O Programa da Cristina, da SIC, ao Você na TV!, da TVI, com vantagem significativa para o primeiro. Jorge Gabriel, que conduz o matutino da estação pública ao lado de Sónia Araújo, revela à TV 7 Dias como está a lidar, de longe (não só geograficamente falando), com esta batalha.
«A concorrência está mais feroz do que nunca e isso também nos estimula e nos ajuda a repensar. Tentamos, com os nossos argumentos e com os nossos conteúdos, torná-los mais apetecíveis e mais apelativos de modo a que as pessoas, quando se atrevem a mudar [para a RTP1], se calhar fiquem», defende o apresentador, convicto de que o produto que oferece ao público «é completamente diferente do dos canais comerciais».
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E reitera: «Completamente diferente! Há outro Portugal que é ali [na Praça da Alegria] mostrado, que é ali valorizado, que é incógnito para muitos portugueses. [E fazêmo-lo] Para que não estejamos a falar única e exclusivamente da vida cor de rosa – não estou a catalogar, estou a dizer que ela existe, simplesmente -, de crimes ou de programas, que entendo que os canais comerciais tenham de promover, porque são eles que também os catapultam para ter mais audiências.»
«Estamos na luta»
Nesse aspeto, salienta à TV 7 Dias o comunicador, de 50 anos, a RTP «não tem ido» atrás da concorrência. Ainda assim, reconhece: «Sentimos que não estamos a lutar com as mesmas armas, mas sentimos que temos essa obrigação de serviço público. E temos de a cumprir. Se é mais difícil? Cá estamos.»
A obrigação de serviço público de que Jorge Gabriel fala não significa, no seu ponto de vista, que os números não devam ser uma preocupação para a televisão pública. Pelo contrário. «A audiência também deve ser [uma preocupação]. Os resultados que a Praça tem obtido são os que a Praça consegue ter face ao slot de tempo da televisão portuguesa em que se sente mais a concorrência. […] Estamos na luta e temos de nos reinventar permanentemente para que consigamos sorrir, de vez em quando, quando olhamos para os números.»
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«Porque eu não acredito em serviço público sem público. Eu não acredito», justifica à TV 7 Dias, para a seguir acrescentar: «Acho que esta velha máxima da BBC serve para qualquer canal de serviço público do mundo e nós não fugimos à regra. Ter um serviço público com público é sempre melhor do que sem ele.»
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