A morte de José Lopes está a gerar revolta e comoção. O ator de 61 anos, cujo velório se realiza esta quarta-feira, 11 de dezembro, foi encontrado morto na tenda onde vivia, nos arredores de Sintra. José Lopes, um rosto conhecido do mundo do teatro e do cinema independente, foi professor e trabalhou com Luís Miguel Cintra, um dos mais famosos encenadores portugueses.
José Raposo mostrou-se revoltado com esta morte trágica. «Que tristeza de país! Um dos maiores alicerces da Democracia supostamente seria a Cultura, mas neste país só se ouve falar em economia, economia, economia!!!! E acreditem, muitas pessoas ligadas às artes vivem em condições desumanas como acontecia com o José Lopes…! Estou indignado!», escreveu o José Luís da série da SIC Golpe de Sorte.
Ângela Pinto, atriz da novela da SIC Terra brava, partilhou o pedido de ajuda monetária para pagar o funeral de José Lopes, tendo também manifestado a sua indignação. «Dói-me no peito… até sempre José Lopes, menino-actor de alma pura», escreveu a Arminda de Terra Brava.
Uma vida dedicada ao cinema e ao teatro
José Manuel Lopes nasceu a 31 de Março de 1958. Estudou Antropologia Social e participou em várias peças de teatro, como Os Negros, de Jean Genet, Vida e Morte de Bamba de Lope de Vega com encenação de Luís Miguel Cintra ou Epopeia de Gilgamesh, com tradução de Pedro Tamen e encenação de Adolfo Gutkin.
Trabalhou com Luís Miguel Cintra na docência da disciplina de direcção de actores na Escola Superior de Teatro e Cinema. No grande ecrã, trabalhou em produções independentes como Adeus Lisboa, de João Rodrigues, Interrogatório de Maria Mendes e José Pedroso, ou Longe de José Oliveira.
Texto: Raquel Costa | Fotos: redes sociais
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