José Wallenstein está de regresso à televisão depois de uma longa pausa. O ator pode ser visto na telenovela “Flor Sem Tempo”, da SIC, mas deu uma entrevista a uma publicação semanal em que falou sobre a altura em que esteve afastado da televisão, durante dois anos e meio.
“Estava a começar a fazer uma novela na Plural, ‘Amar Demais’, quando chegou a pandemia e eu, devido a algumas debilidades que tenho, fui aconselhado pelos médicos, enquanto não aparecesse a vacina, a isolar-me o mais possível. Foi o que eu fiz”, começou por dizer José Wallenstein.
“O isolamento, a distância dos meus filhos… Porque, na altura, dizia-se que as crianças eram potenciais propagadores… A solidão não foi fácil”, revelou o ator, explicando que tem uma deficiência pulmonar. “Não é crónica, mas também estava-se no início da pandemia e tudo assustava. Só me acalmei um bocadinho quando tomei a primeira vacina. Mas foram dias difíceis”, declarou.
Ator aceitou trocar TVI por SIC: “O ator depende de on”
Dois anos e meio depois, surgiu o convite para o ator fazer parte do elenco da novela da SIC. “Depois de dois anos e meio parado, senti que não ia ser fácil. A seguir, tive este convite para a Flor sem Tempo e aceitei. Mas avisei logo o diretor de atores que eu estava enferrujado! Tanto que, antes de começar os ensaios, pus-me em casa a decorar peças que já tinha feito para ver se a memória estava lá. Posso dizer que foram todos espetaculares comigo e digo já que adoro trabalhar com a SP Televisão”, disse o artista.
Sobre esta mudança de canal, o ator explicou: “Há algum tempo que já não era exclusivo da TVI, trabalhava ao projeto. A SP Televisão fez-me o desafio, gostei logo das pessoas com quem ia trabalhar e aceitei. O ator depende de onde o telefone toca… De facto, comecei a fazer novelas na TVI e houve sempre da minha parte lealdade, fidelidade, compromisso, porque fui muito bem tratado. Mas sem contrato e com esta oportunidade…”.
O ator teve de recorrer ao subsídio de desemprego para pagar as despesas. “Tinha reservas que deram para me aguentar com alguma contenção. Depois, recorri ao subsídio de desemprego, que ajudou a pagar as contas básicas… Mas estava sempre preocupado, a ver quando é que a situação se resolvia”, finalizou.
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