Ljubomir Stanisic esteve no comando do Chef’s Garden, no Rock in Rio, onde recebeu vários convidados para falar sobre alimentação sustentável. À margem do evento, o chef mais polémico da televisão portuguesa aceitou falar em exclusivo com a TV 7 Dias sobre o seu regresso ao pequeno ecrã. Questionado sobre a guerra, o profissional revelou ainda o que sente ao ver as imagens dos ataques na Ucrânia.
Foi nos bastidores do Chef’s Garden que Ljubomir Stanisic deu a grande novidade, não tão boa para os fãs do formato. “‘Pesadelo na Cozinha’ não vai haver mais, que eu saiba não há nada previsto”, revelou. Mas o chef não irá demorar muito a voltar à televisão, desta vez com um programa realizado pela sua esposa. “O regresso vai acontecer muito em breve. Acabámos de fazer o ‘Pela Estrada Fora’, realizado pela Mónica Franco e Manuel Amaro da Costa, um programa escrito por nós e viajado com o Nuno Faria [N.R.: Sócio do restaurante 100 Maneiras] e o Paulo Furtado, o The Legendary Tigerman, pelo país inteiro. Não sabemos ainda se vai dar na OPTO ou na SIC. O principal tema é povo, cultura, sustentabilidade, música e boa alimentação. Amor, amor, amor, espalhem essa merd* pelo mundo”, diz Ljubo, como é carinhosamente tratado.
E se do trabalho não tem problemas em falar, quando se toca nos assuntos judiciais a postura é outra. Ljubomir Stanisic foi processado por Cândida Batista, ex-concorrente de “Hell’s Kitchen”, por alegado assédio, mas o chef prefere remeter-se ao silêncio: “No tribunal é que tenho que responder por isso. A única coisa que posso dizer é que tenho uma família linda, amo a minha mulher até ao fim do mundo. Está ao meu lado e vou estar ao lado dela até ao meu último dia. A parte mais importante é amor e o que tenho na minha vida é amor. O resto que se fod*”.
Ljubomir Stanisic sobre a guerra: “Traz-me dores de coração”
E é precisamente amor que falta no mundo atualmente. Confrontado com a guerra na Ucrânia, o chef, que já teve que pegar numa arma para lutar pelo seu país, a antiga Jugoslávia, desabafa sobre aquilo que sente ao ver as imagens do conflito naquela nação. “Encaro como a minha guerra. Na minha, não houve tanta publicidade como nesta. Acho que é uma crise mundial, é anti-natura, estamos no século XXI e temos um país da Europa que está em guerra. A mim traz-me dores de coração, dores de alma, más lembranças sem dúvida nenhuma, mas não me afeta. Temos que fazer o melhor, travar isso”, assume, para depois apontar o dedo a quem realmente pode fazer algo, mas não o faz… devido a interesses.
“A política trava essas merd*s como trava a poluição. São eles que têm os mandatos para isso, são eles que podem travar isso e, se não travam, é porque têm interesses. Por isso, a política é uma put* que tem só o lado interesseiro, que é financeiro, e não conseguimos mudá-la. Não sou contra Putin nem contra Zelensky. Sou a favor da paz e de pessoas vivas. Matar pessoas é a pior coisa que existe no mundo”, lamenta Ljubomir Stanisic.
