Lucy faz revelações inéditas sobre violência e pornografia: «Ninguém quer levar porrada todos os dias»

Luciana Abreu não consegue conter as lágrimas ao recordar o que sofreu com a família, apesar de nunca tocar em nomes de ninguém.

28 Abr 2018 | 18:00
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Luciana Abreu emocionou o país, esta tarde, com uma entrevista cheia de declarações fortes a Daniel Oliveira, no «Alta Definição». Depois de revelar momentos verdadeiramente dramáticos do parto das gémeas prematuras, a cantora e atriz recordou o seu passado doloroso. Violência doméstica, bullying e até pornografia foram alguns dos temas fortes abordados… sem nunca citar nomes de ninguém.

Questionada sobre o pior dia da sua infância, Lucy não hesita em responder: «O dia em que me disseram: ‘Anda comigo e já voltas’. Eu estive dois anos incontactável. Tinha 10 anos. Fui para longe… A pessoa em causa usou-me para voltar a entrar na família», referiu emocionada, sem explicar grandes pormenores sobre o sucedido.

Luciana Abreu já tinha confessado anteriormente que foi vítima de violência doméstica, tal como a sua mãe e irmã, por parte do pai. Desta vez voltou a tocar no assunto delicado sem fazer qualquer referência a Luís Costa Real.

«Violência doméstica, filmes pornográficos, com cinco, seis, até aos meus 14 anos que foi quando disse que me ia embora. E com 14 anos saí com uma trouxa de roupa. Ninguém quer levar porrada todos os dias…», disse recordando a sua adolescência.

«Lembro-me de viver a acreditar que a minha vida um dia seria melhor e que por isso é que eu queria ser uma estrela. Porque na minha ideia se eu fosse uma estrela, seria rica.»

Sobre o pai, Luciana limita-se a responder: «Queria que ele se esquecesse que eu existisse».

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O drama do bullying

«Durante muitos anos sofri de bullying, durante muitos anos fui chantageada, se eu não fizesse isto ou desse aquilo que me ia arrepender para o resto da vida. Que ia perder o meu trabalho, que iam fazer 30 por uma linha para me destruir. Disseram-me isto. Pessoas do meu sangue. Mas também chegou o momento em que eu pensei assim: ‘Perdido por 100, perdido por 1000. As pessoas quando se gostam não fazem isto e eu estou a tirar às minhas filhas para dar a quem não merece. Trabalhei desde muito cedo. Eu não gozei a minha adolescência», afirmou.

Lucy revela que sofreu não só de bullying emocional, mas físico também. «Sempre fui muito carente e desde muito cedo me incutiram que eu tinha de ter determinadas responsabilidades e a partir do momento em que vives para isso, não queres deitar uma vida fora, todo um esforço e sacrifício dos anos que te tiraram.»

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