O caso de Lucy Letby tem vindo a chocar o mundo. A enfermeira, de apenas 33 anos, é já a maior assassina infantil da história moderna do Reino Unido. A jovem matou sete crianças, sendo ainda acusada da tentativa de morte de outros seis. Algo que aconteceu quando trabalhava na unidade neonatal do Hospital Countess of Chester, entre 2015 e 2016.
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O juiz Justice Goss, do tribunal Manchester Crown Court, sentenciou Lucy Letby a prisão perpétua por cada uma das ofensas. Esta é a punição mais severa de Inglaterra e a enfermeira é apenas a quarta mulher a receber a sentença. As anteriores foram Myra Hindley, Rose West e Joanna Dennehy, todas assassinas em série.
“Não tem remorsos”
Lucy Letby não esteve presente em tribunal para ouvir a sentença. A jovem informou que não queria estar presente e que nem sequer iria acompanhar a audiência por videoconferência através do estabelecimento prisional. Quem fez questão de acompanhar o que aconteceu foram mais de uma dúzia de familiares das vítimas. “Não tem remorsos”, disse o juiz. “Houve premeditação, cálculo e astúcia nas suas ações”, acrescentou.
“Matei-os de propósito”
A enfermeira só foi afastada do hospital depois da morte de dois de três trigémeos e do colapso de mais um bebé em três dias consecutivos em junho de 2016. Lucy Letby acabou detida na sua casa, em junho de 2018. Na sua habitação foram encontrados diversos bilhetes. “Eu não mereço viver. Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles”, foi um deles.
Texto: Bruno Seruca Fotos: Reprodução redes sociais