Diogo Infante falou sobre a relação com o namorado numa entrevista a Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos no programa “Dois às 10”, na TVI. O ator e o companheiro, Rui Calapez, vivem uma relação longe dos holofotes há mais de 30 anos.
Depois desta entrevista, surgiram vários comentários de ódio pela parte dos internautas, o que motivou o escritor Luís Osório a escrever mais um texto de opinião nas redes sociais, desta vez sobre a forma como a sociedade, nos dias de hoje, olha para a homossexualidade.
“Trinta anos de vida em comum, é obra. Mas este postal não tinha de ser escrito. Afinal, não deveria ser nada de mais. O amor está em crise, as relações ainda mais, mas existem muitos casais que resistem uma vida de mão dada. Só que no mundo aquilo que é óbvio não é tão óbvio assim para muitos de nós”, começou por escrever na sua página oficial do Instagram.
“Vemos as mensagens de ódio – mesmo em Portugal foi aterrador ver a excelente reportagem “Quando o ódio veste farda”, assinada na SIC por Pedro Coelho, Paulo Pena e Filipe Teles. Quase 600 polícias e militares da GNR a veicularem mensagens de ódio contra políticos, contra pretos, ciganos, chineses e monhés. Contra homossexuais também. “Paneleiros” como escrevem em várias mensagens ameaçadoras”, continuou o escritor.
“Ver o Diogo Infante a celebrar a sua relação com Rui Calapez não deveria ser um assunto. Até porque os homossexuais que apenas têm, por azar ou opção, relações curtas não perdem os seus direitos ou dignidade por isso. Tal como os heterossexuais. Mas celebrar 30 anos de uma relação entre dois homens ou duas mulheres é ainda muito importante“, afirmou Luís Osório.
Por fim, o escritor celebrou a conquista do casal: “Trinta anos que aqui celebro como se celebra o que é verdadeiramente importante e inspirador”.
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