Depois de dois meses de diversão e de uma «experiência única», como a própria retrata, Angélica foi expulsa pelo público do Big Brother 2020. Em entrevista à TV 7 Dias, a venezuelana confessa que a parte mais difícil de ter vindo viver para Portugal, no início de 2019, foi deixar a mãe, Yemma, que sofre com vários problemas de saúde.
«A ansiedade e a depressão da minha mãe pertencem a traumas e vivências de infância, que não foram tratados no seu devido momento. Não houve mesmo violência, mas houve situações que a levaram ao desequilíbrio emocional. Não teve tratamento nunca foi a um psicólogo nem a um psiquiatra, deixou andar… E foram ciclos que ela nunca fechou nem partilhou com ninguém», revela.
Houve uma altura em que Yemma chegou mesmo a entrar na cura do sono, tal como nos diz a jovem. «Perto da data do casamento dos meus pais, estava a minha mãe nos preparativos para a boda. Alguém lhe liga, por pura brincadeira e maldade, a dizer que o meu pai tinha outra namorada… A minha mãe, que estava prestes a casar-se, ficou muito frágil emocionalmente, não comia, não dormia e nesse momento entrou na cura do sono e, durante esse período, tomou medicamento em excesso que poderia ter levado à morte. Ficou muito débil. Os médicos disseram aos meus avós que, se ela tivesse outra crise destas, poderia não sobreviver», conta aquela que foi a primeira pessoa a saber de tudo.
«Ela só partilhou comigo estes traumas, mais ninguém sabe a razão, além do meu pai, que só soube na véspera de ir para a República Dominicana. Ela carregava com isto desde a infância.»
Os assaltos à mão armada
Angélica recorda as várias vezes que foi assaltada na Venezuela à mão armada, algo que a TV 7 Dias já tinha avançado. Foi essa a principal razão que a levou a deixar o seu país. Apesar de ser inseparável da mãe, a ex-concorrente do Big Brother 2020 partilha as palavras da progenitora que a emocionam até hoje.
«É a minha melhor amiga, a minha confidente. É daquelas mães que gostam de ter os filhos debaixo das suas asas. Mas, quando lhe disse que queria sair da Venezuela, ela disse-me: ‘Prefiro que faças a tua vida, que vás para lá e consolides a tua relação. Tens um excelente homem ao teu lado.’ Ela preferia milhões de vezes que fosse embora, antes que em algum desses assaltos perdesse a vida…», confidencia.
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