Depois de ter recebido mensagens de vários seguidores a manifestarem a vontade de conhecer a sua opinião, Manuel Luís Goucha comentou a polémica do momento no reality show Big Brother 2020. No decorrer da Crónica Social desta quinta-feira, 14 de maio, do Você na TV!, o apresentador da TVI falou abertamente sobre as afirmações de teor homofóbico que Hélder fez no interior da casa mais vigiada do País.
Goucha começou por lembrar que «a homofobia é, como qualquer fobia, antipatia e desprezo por uma pessoa que é homossexual» e que não entende como homofobia o momento em que o concorrente afirma que prefere «ser mulherengo» do que homossexual, sem proferir tal palavra mas apontando com a cabeça para Edmar, assumidamente gay.
É neste gesto corporal «que posso encontrar algum desprezo na cara dele», admitiu o comunicador, que considera esta «atitude condenável e criticável», porque Hélder «nem sequer teve coragem de chamar à conversa Edmar». «Acho sempre deselegante – e quantos de nós não cometemos essa deselegância – falar de outra pessoa que não está presente na discussão. Se ele queria falar do Edmar, chamava-o à conversa», afirmou.
«Imaginem que ele me diz nada cara: ‘Eu prefiro ser mulherengo do que como o Manuel Luís, que é homossexual’. Eu responder-lhe-ia: ‘Olhe, eu prefiro ser homossexual do que mulherengo’. E acabava-se a discussão. Para mim, homofobia implica destruir o outro, fazer mal ao outro, marginalizar o outro. Mas claro que isto é uma atitude preconceituosa», acrescentou, comentando ainda o facto de Hélder, em momento algum, naquela afirmação, ter dito a palavra «homossexual»: «Ele tem medo das palavras, que é logo uma coisa que está errada. Ele é medroso em várias coisas. E mais: ele não tem poder de argumentação e não tem léxico, vocabulário suficiente.»
Goucha assume atitudes preconceituosas com homossexuais
A opinião da estrela da TVI não se ficou por aqui. «Quando ele, com o Cláudio [Ramos], fala ‘nesse tipo de pessoas’ [referindo-se a homossexuais]… Isso, sim! Essa frase choca-me mais. […] Isto já é preconceituoso», considera, alertando, contudo, que «todos nós temos preconceitos». E o apresentador não é exceção: «Eu também sou capaz de ter os meus preconceitos. Tento é domesticá-los, castigá-los, contrariá-los. […] Já dei por mim a ter atitudes preconceituosas. Até em relação a outros homossexuais que não são iguais a mim. Peço desculpa, castigo-me por isso e tento trabalhar isso.»
Numa relação há 21 anos com Rui Oliveira, Manuel Luís Goucha deixou ainda bem claro que, por «vivermos numa democracia», «todos têm o direito a ter uma opinião». «Não podemos estar a padronizar opiniões. Contra isso muitos outros – que não nós – lutaram pelo 25 de Abril de 1974. […] Ele tem o direito de achar que é preferível ser mulherengo do que homossexual. Não pode é maltratar, marginalizar, ostracizar, prejudicar e desrespeitar os homossexuais.»
«Ele até pode não querer privar com homossexuais. Está no seu direito. Tem é de os respeitar», vincou, acrescentando que o «incomodou muito mais o assédio» a que assistiu na gala de estreia de Big Brother 2020, no momento em que Hélder se encontrou com Jessica no confessionário. «Aquilo é assédio, é deselegante, é boçal, é ordinário.»
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Texto: Dúlio Silva; Fotografias: reprodução TVI e redes sociais
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