Entrevista a Mário Machado, nacionalista desde a adolescência e ávido defensor da necessidade de um novo Salazar na sociedade atual, instalou a polémica nas redes sociais.
Após a rubrica Diga de Sua Justiça, conduzida pelo jornalista da TVI Bruno Caetano, causou revolta entre os portugueses, que não se inibiram de criticar a entrevista passada em direto no Você Na TV.
No centro da discussão estiveram as declarações emitidas no programa desta quinta-feira, dia 3 de janeiro, em que foi discutido o facto de Portugal precisar um «novo Salazar».
Manuel Luís Goucha chegou mesmo a criar uma sondagem nas redes sociais com a pergunta: «Acha que precisamos de um novo Salazar?».
«Todo o tipo de ideias deve ser debatido em televisão»
O apresentador iniciou o programa desta sexta-feira com um esclarecimento público sobre o sucedido, deixando uma mensagem a todos os que criticaram nesta situação.
«Aquilo que se passou ontem aqui originou uma acesa discussão nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social. No âmbito de uma rubrica que tem um autor, que é um jornalista desta casa e desta equipa, foi convidado Mário Machado. Quem acompanhou a conversa ontem em direto percebeu que a nossa primeira pergunta se dirigiu ao autor da rubrica e do convite. A pergunta foi muito clara: porquê que convidaste Mário Machado», começou por dizer.
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Goucha afirma não ver nada de mal na entrevista e que se trata apenas de um ato democrático.
«Entendo, num jogo verdadeiramente democrático, que todo o tipo de ideias deve ser debatido em televisão. Têm é de ser confrontadas com ideias que neste caso refletem a nossa maneira de viver», acrescenta.
O companheiro das manhãs de Maria Cerqueira Gomes refere que a conversa se desenrolou de acordo com os «pontos de vista do convidado» e dos «nossos pontos de vista», em «jeito contraditório».
«Não se deixem manipular»
Manuel Luís deu a sua opinião relativamente a todos aqueles que foram para as redes sociais tecer críticas à rubrica:
«Tenho a certeza que largas centenas de opiniões refletem a postura de alguém que não se deu ao trabalho de ir ver e ouvir a conversa. Claro que as ideias de Mário Machado são perigosas, mas há uma maneira de as enfrentar, com as ideias que a história e a democracia já provaram serem injustas».
Deixou, ainda, no ar a pergunta do que seria mais perigoso: o debate televisivo ou as redes sociais?
O rosto do canal de Queluz de Baixo terminou com um conselho: «Informem-se, não se deixem manipular».
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Texto: Redação WIN Conteúdos Digitais/ Fotos: Arquivo Impala e DR