Marcelo Rebelo de Sousa de quarentena! Presidente faz parte de grupo de risco

Marcelo Rebelo de Sousa cancelou a agenda oficial para as próximas duas semanas e vai ficar a ser «monitorizado em casa» nas próximas duas semanas. Decisão segue-se a visita de alunos de Felgueiras.

08 Mar 2020 | 16:55
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Marcelo Rebelo de Sousa cancelou a agenda das próximas duas semanas e vai ficar de quarentena em casa. A presidência da República anunciou em comunicado que esta decisão acontece 5 dias depois de um grupo de alunos de uma escola de Felgueiras atingida pelo coronavírus, ter visitado o palácio de Belém.

«Na noite passada, na sequência de ter sido internado um aluno de uma escola de Felgueiras, foi encerrada essa escola. Hoje, à tarde, foi apurado que uma turma dessa escola havia estado em Belém, na última terça-feira, no âmbito da iniciativa “Artistas no Palácio de Belém”, em sessão a que assistiu o Presidente da República, tendo, no final, tirado fotografias com os alunos e professores, sem, no entanto, os ter cumprimentado um a um», lê-se no comunicado.

No entanto, o palácio de Belém assevera que «nem o aluno ora internado, nem a sua turma estiveram em Belém».  As medidas tomadas agora são apenas de precaução e, assegura fonte oficial da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa não tem quaisquer sintomas.

«Atendendo ao que se sabe hoje e não se sabia na terça-feira passada, tendo ouvido as autoridades de saúde, o Presidente da República, apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, decidiu cancelar toda a sua atividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semana. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro». O comunicado revela ainda que o presidente «será monitorizado durante esse período em casa». Ou seja, ficará em quarentena.

O comunicado termina, dizendo que «entende o Presidente da República que deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular».

 

Presidente da República faz parte de grupo de risco

Marcelo Rebelo de Sousa está dentro do grupo de pessoas que poderão ser mais afetadas caso contraiam o Covi-19. Esse grupo inclui pessoas com mais de 60 anos (o presidente da República tem 71) e todos as que têm imunidade reduzida (desde doenças autoimunes até grávidas) e problemas de saúde de natureza cardiovascular, diabetes, dificuldades respiratórias, hipertensão ou cancro.

O presidente foi submetido, em outubro de 2019, a um cateterismo, após terem sido detetadas obstruções coronárias. O presidente da República, cujo pai morreu com um ataque cardíaco fulminante, falou sobre este problema de saúde em entrevista a Daniel Oliveira. «O meu avô era cardíaco, o meu pai era cardíaco. Eu achei que devia fazer exames também em matéria cardíaca. A minha hipocondria mandou fazer», afirmou na altura.

Baltasar Rebelo de Sousa, o pai do Presidente da República, morreu em 2002, com um ataque cardíaco fulminante. Marcelo Rebelo de Sousa recordou esse dramático episódio de 2018, quando visitou a Pastelaria Suíça, em Lisboa, local onde o pai morreu. «Genericamente estão bem [os exames] mas restou uma duvida que vai obrigar a um novo exame. Vou ter de fazer daqui a umas semanas um cateterismo para ver, em relação a um determinado vaso sanguíneo, se acumulação de cálcio está num grau que é ou não excessivo e o que isso significa», explicou no Alta Definição.

 

Veja na galeria as imagens do encontro Artistas no Palácio de Belém, onde estiveram os alunos da referida escola de Felgueiras.

 

Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala e Presidência da República

 

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