Entrevista a Marco Horácio: Boom, Cristina e o desejo de fazer dupla com atriz da TVI

Marco Horácio fez revelações sobre o novo programa na TVI, Boom, falou sobre Cristina Ferreira e surpreendeu com desejo de fazer dupla com a atriz Sofia Ribeiro.

09 Ago 2020 | 16:50
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Marco Horácio prepara-se para estrear, este domingo, dia 9 de agosto, o concurso Boom, na TVI, e esteve à conversa com a TV 7 Dias sobre o novo projeto profissional, entre muitos outros temas.

A contratação de Cristina Ferreira pela estação de Queluz de Baixo foi um dos assuntos de uma conversa em que o humorista revelou que gostaria de trabalhar diretamente com a apresentadora. Mas diz que, «primeiro, teria de matar Pedro Teixeira»… O apresentador também revelou o desejo de fazer uma dupla com a atriz Sofia Ribeiro!

 

O que podemos esperar deste Boom?

Muita alegria e um ritmo alucinante. É um concurso de cultura geral fora do normal, diferente do que se costuma ver na televisão. É muito divertido, com concorrentes muito bem-dispostos e generosos. E, depois, com muita tensão, como é óbvio, porque há um prémio de 30 mil euros que todos querem ganhar. É um concurso que, para mim, tem tudo, desde a boa disposição, à alegria extrema, ao drama, aos nervos, à flor da pele. É um belíssimo serão de domingo à noite para toda a família.

O programa foi todo gravado em Barcelona. Como foi esse processo de gravações em Espanha nestes tempos de pandemia da COVID-19?

Fomos com todos os cuidados possíveis. Eu e a equipa fizemos vários testes à COVID-19, tal como todos os concorrentes. O grande desafio foi gravar um formato com todas estas regras de segurança e distanciamento social, sem que a pessoa, que estivesse a ver em casa, sentisse esse afastamento. E acho que conseguimos isso. Acho que as pessoas nem se vão lembrar de que os concorrentes não estão juntos, que não se tocam, que eu não estou em contacto com eles. Conseguimos criar uma energia muito positiva, apesar destes impedimentos que podem tirar, às vezes, esse lado mais emotivo ao programa. Mas foi muito tranquilo. Sempre de máscara, sempre com muito cuidado, sempre a desinfetar muito as mãos. É a nossa nova realidade e temos de nos habituar a isso.

Como foi regressar aos programas televisivos, cujo formato é diferente do que fazia habitualmente, não diretamente ligado ao humor?

Tem sempre um pouco de humor à mistura. Nem eu consigo fazer de outra forma. Mas foi bom. Já tinha um bocadinho de saudades de fazer este tipo de formato, porque me permite ter esta dualidade: de brincar, de divertir, a mim, aos concorrentes e às pessoas que estão em casa; mas também tem o lado mais sério. São quatro rondas e a terceira e a quarta são as mais decisivas, em que os concorrentes estão mais focados, têm de ser mais rápidos, têm de estar calmos e tranquilos. E eu sou muito assertivo e assumo muito o papel de apresentador. Ao início, brinco mais com eles, tento descontraí-los mais, porque o jogo me permite isso e aí sou mais eu na minha parte de entretenimento. Este programa é um sucesso em Espanha. Foi chegar lá e torná-lo meu, pôr um bocadinho a minha imagem e marca e transformá-lo um bocadinho mais à portuguesa.

O registo do Marco é semelhante ao do Pedro Fernandes. Vai haver espaço para os dois na TVI?

Tem de haver espaço. O Pedro Fernandes é um valor seguro, é um excelente apresentador. Ele, seguramente, também tem as suas oportunidades. Tem o programa dele, que fez brilhantemente. Mas acho que sim, que há espaço para os dois, até porque a minha vertente é mais humorística. Ou seja, eu posso fazer papel de ator, tenho projetos que posso fazer como produtor, tenho projetos meus que posso produzir apenas… Não fui para a TVI para fazer apenas apresentação. Fui também para comédia, para levar projetos meus e produzi-los, de levar coisas diferentes para a estação.

Há alguma coisa que possa adiantar?

Não, mas posso dizer que já há várias ideias a serem discutidas. Estamos à espera da altura certa. A COVID-19 veio mudar as coisas. É tudo muito incerto, há coisas que se decidem de uma semana para a outra.

 

«A Cristina Ferreira é o Cristiano Ronaldo da televisão»

 

O que está a achar deste mercado de transferências televisivo?

Acho muito bem, porque este país precisa de alegria e de ânimo.

E o regresso de Cristina Ferreira à TVI?

Acho espetacular. A Cristina Ferreira, só ela, já é uma presença vencedora. Quer a nível comercial… Como figura televisiva, é o Cristiano Ronaldo da televisão. Portanto, onde ela vai é para ganhar títulos e para ser a melhor marcadora.

Já trabalhou com ela?

Não. Ainda não tive esse prazer. Já tive o prazer de ser entrevistado por ela, mas ainda não trabalhei diretamente. Sei que partilhamos o mesmo gosto pelo perfecionismo. E que, tal como eu, gosta de trabalhar focada. Espero ter a oportunidade de trabalhar com ela. Mas, se calhar, para isso acontecer, tenho de matar o Pedro Teixeira primeiro. Porque eles já trabalharam juntos e muito bem.

Com quem mais gostava de trabalhar?

Acho que faria uma ótima dupla a apresentar um programa com a Sofia Ribeiro. Acho que ela tem uma energia fantástica e consegue chegar às pessoas de uma maneira mais emocional.

E via-se a apresentar um programa da manhã?

Nunca digo que não a um desafio. Mas há coisas para as quais não tenho perfil. Por exemplo, não tenho a mestria do Cláudio Ramos a fazer o Big Brother e acho um trabalho louvável, porque, de facto, a pressão é muita. E ele tem a capacidade de lidar com as emoções das pessoas na altura, de responder e questionar, o que não é para todos. Não tenho perfil para isso nem para o Jornal das 8.

 

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Texto: Joana Dantas Rebelo com Inês Neves; Fotografias: Liliana Silva

 

(entrevista originalmente publicada no dia 27 de julho de 2020)

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