A relação de Marco Paulo com a cidade de Braga começou quando ainda estávamos em plena pandemia da COVID-19, quando o cantor fez o seu programa em direto a partir do Bom Jesus de Braga, em maio de 2021. “O Marco Paulo foi desafiado a vir a Braga, à bênção das batas das enfermeiras, e a apadrinhar os bombeiros, devido a um vídeo que eles tinham feito em 2019. No dia 12 de maio de 2021 veio cá. Foi muito bem recebido, gostou da receção. O Marco conheceu o Eduardo [Ferreira] no mesmo dia que a mim. 10 de maio de 2021”, conta a enfermeira Céu Ameixinha, na altura coordenadora do Centro de Vacinação da COVID-19, à TV 7 Dias.
A amizade cresceu e, por isso, Eduardo ser um dos herdeiros não a surpreende. “Acho que é muito justo e estamos felizes que o Eduardo tenha sido contemplado. Acabou por ser ele o elo de maior proximidade em Braga. Ele, sendo bombeiro, como faz noites, tem dias livres. Era como se fosse um filho, afilhado daqui”, revela a profissional de saúde e amiga do bombeiro. “Falei com o Eduardo, ele também estava a digerir tudo isto. As pessoas empolgaram-se até mais do que o Eduardo. Ele tem um bocado de receio, pelo filho, há sempre coisas menos agradáveis que podem ser ditas. Eu aconselhei-o a que se resguarde”, diz. “Acho que foi muito bem entregue, muito justo, sei que o Eduardo é uma pessoa de valores muito humanos e que lhe vai dar bom uso e fazer felizes outras pessoas”, sublinha.
Céu Ameixinha partilha ainda que Marco Paulo vinha muitas vezes à cidade e tem pena que o cantor tenha “descoberto Braga numa fase tão tardia da sua vida”. “Toda a gente o abordava, mas sem qualquer interesse ou objetivo, a não ser fazê-lo sentir bem. As pessoas são muito cruéis e muito maldosas. O Eduardo tem família, é muito bem resolvido”, garante.
“Ele é uma pessoa atraente”
Gracinda Oliveira, técnica superior no gabinete do vereador do Ambiente, foi quem apresentou Marco Paulo, tanto a Céu Ameixinha como a Eduardo Ferreira, precisamente por causa do seu trabalho na Câmara. “Ele veio a Braga e adorou a cidade. Ele fazia coisas aqui que em Lisboa não conseguia, andava de fato-de-treino e chinelos. O facto de ter conhecido o Eduardo numa fase em que ele passou por estes problemas todos, sentir o acolhimento de um jovem que era bombeiro…”, diz Gracinda, dando alguns exemplos de seguida.
“Ele às vezes tinha dificuldade em chegar a Braga e o Eduardo ia buscá-lo, para entrar na cidade, para não se perder. Ele vinha com o carro dele e depois o Eduardo andava com o Marco Paulo, porque era mais confortável. Havia ali uma parceria e uma cumplicidade mútua muito grande. Ele é uma pessoa atraente, simpática, é bombeiro, é difícil não se gostar de quem tem uma profissão nobre”, descreve Gracinda, sublinhando que Marco Paulo “era muito intenso nas amizades”.
“O Marco chegou a sentir-se mal no hotel onde estava hospedado”
“O Eduardo, além de ser uma figura carismática, tem um filho lindíssimo. Olhava para ele e dizia que lhe fazia lembrar o Marquinho. Havia ali uma ligação muito grande, ele sentiu que cada vez que vinha a Braga tinha uma pessoa que se disponibilizava a estar com ele e o levava a tudo o que era sítio, onde ele quisesse. Bastava o Marco Paulo ter um desejo e ele fazia-lhe tudo. Ele canta muito bem também”, sublinha Gracinda Oliveira. Sempre que ia a Braga, o cantor levava um presente a Valentim, mas o menino não era o único a receber um miminho. O intérprete de Dois Amores chegou a dar a Eduardo um buldogue-francês, igual à sua Zuca.
O facto de Eduardo ser bombeiro também dava muita segurança a Marco Paulo. Gracinda Oliveira recorda um episódio de junho de 2023. “O Marco chegou a sentir-se mal no hotel onde estava hospedado, estava lá o ator José Carlos Pereira também, chamaram-no e foi o Eduardo que o levou para o hospital. Sentia-se muito protegido por ele.” Gracinda Oliveira conta ainda que o cantor manifestou vontade de adquirir um apartamento em Braga, mas acabou por desistir da ideia. “Cheguei a ir a um bloco de apartamentos de luxo, porque ele disse-me que queria comprar uma casa em Braga, ele tinha muita fé que se ia curar. Foi tudo vendido em projeto e ele depois desistiu”, termina.
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Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com) Fotos: Arquivo Impala, João Manuel Ribeiro e Reprodução Instagram