Marco Paulo não retira o que disse… “Todos sabem que o Emanuel não tem uma grande voz”

A estreia de “Alô Marco Paulo” não agradou a todos os internautas, mas o que acabou por indignar os espectadores foi o comportamento do cantor para com Ana Marques. À TV 7 Dias, ele esclarece tudo.

26 Jun 2021 | 16:40
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Com mais de 50 anos de carreira, Marco Paulo, que viu a sua popularidade disparar nos anos 80, tornou-se numa das figuras mais respeitadas do nosso país. Ao longo da sua carreira artística conquistou muitos corações. Na televisão deixou o seu cunho com os programas “Eu Tenho Dois Amores”, que conduziu em 1994, e ainda com “Marco Paulo com Música no Coração”, em 1996, ambos emitidos pela RTP. Vinte e cinco anos depois, o célebre cantor está de regresso aos ecrãs, com “Alô Marco Paulo”, na SIC, mas a sua presença não tem sido consensual e não tem agradado a todos.

Na estreia do seu novo formato, no passado dia 5 de junho, houve quem não poupasse elogios ao artista, mas houve quem não o perdoasse. “Arrogante”, “egocêntrico” e “pouco humilde” foram alguns dos “mimos” escritos nas redes sociais da estação de Paço de Arcos para descrever o músico.

 

“Toda a gente sabe que o Emanuel é uma pessoa que não tem uma grande voz”

 

Além dos comentários pouco abonatórios, Marco Paulo foi ainda criticado quando se referiu ao seu colega de profissão Emanuel. “Não achei piada ao Marco dizer que o Emanuel não tem grande voz. Isso é muito mau. O Emanuel é um querido. Não gostei da vaidade do Marco Paulo”, reagiu um dos internautas, enquanto outro acrescentou: “Marco Paulo é a arrogância em pessoa e sem noção. Não gostei da forma depreciativa com que falou do Emanuel.”

Em exclusivo à TV 7 Dias, Marco Paulo responde a todas as polémicas: “Eu falei com o Emanuel e não disse aquilo com intenção. Toda a gente sabe que o Emanuel é uma pessoa que não tem uma grande voz, mas o talento que tem cativa as pessoas. Agora não sou surdo nem parvo. Gosto muito do Emanuel”, começou por dizer, reforçando que já não lê os comentários dos internautas.

“Li depois do primeiro programa. Já não leio mais. As pessoas são livres de dar a sua opinião, não podem é ser mal-educadas. As pessoas não me conhecem. Mas não posso mandar calar as pessoas e dizer que não têm nada que comentar. A minha consciência está tranquila e a da SIC, tanto que vamos continuar a fazer o programa. Podiam era dar uma opinião construtiva”, disse, sublinhando: “A minha preocupação é a minha saúde e o meu trabalho, que tento fazer com dignidade. Às vezes saem-me coisas e não me apercebo. Estou eternamente grato à SIC, porque há uns meses falou-se tanto se iria para a SIC ou a TVI.”

 

Marco Paulo para Ana Marques: “O programa é meu, não é teu”

 

Mas as polémicas não se ficam por aqui. A “gota de água” para muitos dos telespectadores aconteceu na última emissão, a 12 de junho, quando pediu a Ana Marques, que também conduz o formato, para se calar. “Ó Ana, podes calar-te um pouquinho?”, exclamou. “Me calei”, respondeu a comunicadora, enquanto o músico refutou. “Ó Ana, o programa é meu, não é teu”, disse. Ana Marques desvalorizou o assunto: “O programa é teu, não há dúvida nenhuma.”

Apesar de a apresentadora ter referido, em conversa com a revista TV Mais, que “tudo aconteceu com uma cumplicidade absoluta, num tom de ironia” e que “foi tudo uma brincadeira e jamais ficou um mau ambiente”, a verdade é que esta troca de galhardetes não passou ao lado do público. “Que falta de educação e polimento” e “a Ana Marques em vez de comunicadora passou a cuidadora. Não há paciência para esse velho ranzinza” são alguns dos comentários expostos nas redes sociais da SIC.

 

“No espaço de 15 dias, foi o programa mais falado da televisão nacional”

 

Sobre isto, o artista é perentório: “Não mandei calar a Ana Marques, há certas pessoas que só veem maldade. Eu amo a Ana Marques, é a minha bengala, a minha companheira de trabalho, e grande apresentadora de televisão. Todos os sábados divertimo-nos. Se calhar, disse aquilo numa brincadeira, porque nós brincamos muito. E não é fácil estar cinco horas no ar. Temos de nos divertir para as pessoas em casa se sentirem à vontade”, reitera.

E prossegue: “No dia a seguir liguei à Ana Marques e perguntei-lhe: ‘Achas que te podia ofender ao dizer que o programa é meu?’. Ela sabe que o programa é meu. Essas coisas são para as pessoas não levarem a sério. Preocupem-se com a pandemia e não com ninharias, com coisas sem importância nenhuma. Se tenho alguma saída menos… é tudo tão natural. E até é bom. O interesse de tudo o que se passa naquele programa, que é um sucesso já, é precisamente a nossa descontração. Eu e a Ana não estamos ali para ficarmos bonitos e dizermos coisas bonitas. O que sair, saiu! Sou brincalhão e ali somos nós próprios, claro que não sou um desbocado e uma pessoa mal-educada, agora sou uma pessoa divertida.”

Ainda sobre este projeto, o artista reforça: “Tem sido uma experiência maravilhosa, 20 anos depois, estar na SIC a fazer este programa, ainda por cima sendo na minha própria casa. É um programa tão simpático em que eu partilho com o público aquilo que sou realmente. Eu sou aquela pessoa. Não faço um papel que não é o meu. O que é certo é que, no espaço de 15 dias, foi o programa mais falado da televisão nacional.

 

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Zito Colaço e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1788 da TV 7 Dias)

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