Foi a 10 de abril de 2022 que Marie abandonou o Big Brother Famosos 2 e o futuro que a esperava cá fora estava muito longe de ser risonho. Hoje em dia garante estar bem, mas, nessa altura, a jovem entrou numa depressão profunda.
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“Se morresse, não queria saber”
“Eu não queria ir para casa, mas depois não sabia para onde ir porque também não tinha amigos de verdade. Se fosse preciso ia para a rua. Eu não queria saber. Eu cheguei a um ponto de auto-destruição máximo”, começa por dizer a jovem. Apesar de saber que sofre de depressão crónica, nesta fase o caso foi mais grave. Primeiro teve de lidar com o pós-programa, que foi muito complicado para si. “Houve muita gente a apelar ao meu suicídio. Tinha pessoas na rua a parar a dizerem para eu ter vergonha de mim. Foi muito mau”, recorda.
Mas a fase negra não aconteceu só devido à opinião dos portugueses. “Tive amigos muito maus. Estive em casas muito más. Houve alturas em que só estava a acampar e com pessoas também muito más. Eu não estava a atrair ambientes bons porque eu própria não estava numa frequência boa. A minha frequência era de autodestruição. Se morresse, não queria saber. Eu não queria desistir era de me encontrar. Então eu fui por todos os caminhos possíveis. Eu voltei às comunidades para onde tinha fugido quando tinha 15 anos. Eu cheguei a alugar uma casa no Alentejo que só tinha quatro pessoas no monte e, quando aí por mim, um sem-abrigo já estava a morar na minha casa. Eu fui mesmo ao esgoto do esgoto”, revela.
“Ele tinha posto coca na camisola”
O pior momento foi quando se envolveu com um músico de Berlim. Era uma pessoa rica, mas “era psicopata. Foi uma pessoa que me fez muito mal. Ao ponto de roubar o meu telefone. E eu ia ficar presa em Berlim. Aquela pessoa queria prender-me. Era mesmo grave”, acusa. Depois de ter sofrido violência física e psicológica, esta foi a gota de água para Marie, que decidiu voltar para casa dos pais, mas impôs uma condição: “Só volto para casa se nós conseguirmos estar numa casa com amor”.
Quando achava que nada mais podia correr mal, agora que tinha saído de casa do seu agressor, Marie voltou a passar por outro momento negro no aeroporto. “Ele tinha-me posto coca na camisola. A mulher da revista viu a coca, deixou-me passar e eu entrei no avião e eu fui a chorar porque podia ter ficado presa naquele país e não tinha como me safar. Eu confio em pessoas que são uma valente mer**”.
Marie com o look atual
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Textos: Carla Ventura Fotos: Divulgação TVI e redes sociais
