Marisa Cruz foi convidada no programa Alta Definição, da SIC, este sábado, dia 12 de outubro. Ao longo da conversa com Daniela Oliveira, falou sobre os momentos mais difíceis da sua vida.
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Passado marcado pela pobreza
Marisa Cruz começou por falar sobre o seu percurso de manequim antes de se estrear em televisão, no Masterplan, em 2002. “Nunca me deslumbrei por este mundo”, revelou, acrescentando que sempre criou “defesas que não servem para nada”.
E recordou ainda as dificuldades que passou com os irmãos: “Lembro-me de não ter o que lhes dar nem o que comer (…) vivíamos o dia a dia, da ajuda dos vizinhos…”, contou. “Muitas vezes estava sozinha com eles e tinha de inventar o que ia fazer. Às vezes era massa com atum, batatas cozidas”, disse, acrescentando que, muitas vezes não sabia onde estava a mãe.
Marisa, a mãe e os irmãos mudaram muitas vezes de casa e chegaram mesmo a “viver em pensões”. Contudo, a avó era o seu maior apoio: “Era a menina da avó”, afirmou. “Se havia alguém que merecia a minha atenção era ela”.
Durante a sua vida, antes da fama, trabalhou em vários locais: “Trabalhei num café perto da pensão onde vivíamos, trabalhei com a minha mãe em limpezas”. O rosto do canal contou ainda que passou fome e ia, juntamente com a família, para a casa de amigos para comer: “Tivemos de ir a casa de amigos, na hora das refeições, para sermos convidados”.
“Não presenciei o ato, mas vi como é que ela estava a seguir”
O rosto da SIC revelou ainda que viu e viveu coisas que uma criança não deve viver: “(…) Vemos a nossa mãe exposta a situações menos boas”, disse. Marisa acrescentou ainda que a progenitora sofreu violência: “Não presenciei o ato, mas vi como é que ela estava a seguir”.
“Durante muito tempo tive vergonha, muita vergonha (…) mas se passei por tanto e consegui ter uma vida com algumas conquistas, tenho dois filhos que são incríveis, tento-me orgulhar.
Sobre a prisão do pai, Marisa revelou que nunca soube ao certo o motivo que colocou o progenitor atrás das grades. “Tenho memória de uma vez estar com o meu pai. Foi na prisão”, revelou, acrescentando que tinha 10 anos quando foi visitar o pai.
“A minha vida já teve tantos altos e baixos que tenho tido uma fé incrível”, afirmou. “Eu nunca perco a esperança (…) na minha sempre foi assim, sempre foi dando, sempre foi acontecendo alguma coisa (…) sou grata”.
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Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais