Mensagem devastadora da família da vítima mortal

Tinha apenas sete anos e morreu na sequência do ataque terrorista em Barcelona. A família reagiu.

21 Ago 2017 | 12:58
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Julian Cadman, o menino autraliano-britânico que se encontrava desaparecido, é uma das vítimas mortais, já confirmadas, do ataque terrorista em Barcelona. Com apenas sete anos, o menino encontrava-se em Barcelona para um casamento da família e no momento do ataque estava com a mãe. 

A família confirmou este domingo, dia 20 de agosto, a triste notícia. Após a confirmação foi deixada uma mensagem comovente em homenagem ao menino. 

“Julian foi um membro muito amado e adorado da nossa família. Enquanto desfrutava da paisagem de Barcelona com a sua mãe, Julian foi-nos tristemente roubado. Estava cheio de energia, era divertido e relaxado, sempre nos fazia sorrir.  Fomos muito abençoados por ter tido isso em nossas vidas e lembraremos o seu sorriso e manteremos a memória dele nos nossos corações. Gostaríamos de agradecer a todos os que nos ajudaram a procurar Julian. A vossa bondade foi incrível durante um momento tão difícil.”

A mãe do menino foi levada para o hospital com ferimentos graves e antes de perder a consciência disse aos empregados  que tinha estado com o seu filho, lançando assim o alerta. 

As notícias que surgiram deste desaparecimento

No sábado, surgiam notícias de que Julian Cadman, o menino de sete anos que se perdeu da mãe na altura do atentado em Barcelona, tinha sido encontrado.

No entanto, essas notícias revelaram-se falsas e este domingo, 20 de agosto, quatro dias depois do atentado, as autoridades espanholas confirmam que o menino de sete anos está entre as 14 vítimas mortais.

O pai de Julian, Andrew Cadman, recebeu a notícia da morte do filho assim que aterrou em Espanha. A confusão sobre o paradeiro do menino instalou-se porque havia pistas contraditórias sobre a procura de uma criança com as características de Julian.

Britânico viu Julian já morto

A triste história de Julian Cadman tem contornos ainda mais horrosos porque, desde o dia do atentado, existia uma imagem da criança já sem vida. Harry Athawal, cidadão britânico que se encontrava no local onde se deu o atentado e que saiu do seu hotel para acudir o menino.

Em declarações ao Daily Mirror, Harry contou que, quando chegou ao pé de Julian, a criança já estava morta.

“Ele estava inconsciente, a perna estava dobrada para o lado errado, havia sangue a sair da cabeça, eu sabia que era mais do que sangue. Senti-lhe o pulso mas ele não tinha batimento cardíaco. Coloquei-lhe a mão nas costas e pensei que ele tinha morrido. Afaguei-lhe o cabelo, a chorar desalmadamente, mas fiquei com ele. Fiquei ali sentado porque não ia deixar aquela criança no meio da rua”. 

A imagem foi capa do tablóide britânico Daily Mirror este sábado. O jornal escreveu que se tratava de um pai ao lado do filho. Afinal, era Harry, que quis acompanhar os momentos finais de uma criança que nem sequer conhecia. 

 

 

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