Graça Fonseca foi esta quinta-feira, 16 de abril, uma das convidadas de Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves, no 5 para a Meia Noite, tal como o alfaiate Paulo Battista e o futebolista Ricardo Quaresma.

O programa, que é gravado a partir de casa e em videochamada, abordou alguns temas nomeadamente o festival televisivo TV Fest, que pretendia reunir alguns artistas do mundo da música mas que acabou por ser cancelado. A razão? A Ministra da Cultura explica-a.

«Foi suspenso por uma razão: este projeto destinava-se, única e exclusivamente, ao setor da música. O setor da música, muito prontamente, reagiu com críticas. Não faz sentido prosseguir com um projeto quando o próprio setor para o qual se dirige não o entende e não o quer», revelou.

O principal objetivo deste tipo de iniciativa era levar a música portuguesa às casas das pessoas e que, os artistas e técnicos que dele fizessem parte, pudessem ser pagos por isso.

«Entre 12 músicos que já tinham aderido ao movimento, estavam incluídas 74 pessoas de equipas técnicas, que também iam ser pagas pelo trabalho. O que quisémos foi dizer que, quando um artista, um músico entra na casa das pessoas ele possa ser pago por isso», referiu.

A Ministra da Cultura acabou mesmo por ser questionada pelas apresentadores sobre o que mudaria ou dizia a ela mesma quanto à ideia que surgiu de criar o TV Fest. «Dizia para pensar duas vezes antes de inovar em excesso», afirmou.

 

«Qual é a previsão para abrir teatros e salas de espetáculos?»

Quanto à instabilidade que se vive, muito em parte no setor do espetáculo – com artistas das várias áreas a referirem cancelamento de espetáculos -, a questão que se coloca é a seguinte: Qual é a previsão para abrir teatros e salas de espetáculos?

«Não existe previsão, neste momento é impossível fazermos [uma previsão]. Há algo que eu posso dizer que gostaria: que o verão deste ano seja um verão em que consigamos dar alegria às pessoas. E não há nada no mundo tão bom como a cultura. E esse é um desejo que temos», confidencia.

Para a Ministra da Cultura é importante «dar esperança às pessoas» e, no que toca à cultura, fazer os possíveis para que as pessoas recuperem a alegria e o sentimento que vivem ao poder assistir a variadas formas de cultura presentes no nosso dia-a-dia, e que agora estão suspensas.

Contudo, tanto as apresentadoras como Graça Fonseca não deixaram de referir a desconfiança que ainda vai estar bem presente, quando tudo voltar ao normal.

«Vai haver não é desconfiança é receio das pessoas. Nós neste momento estamos a viver em espírito de sobrevivência e quando o ser humano vive em espírito de sobrevivência acumula receios», afirmou.

Texto: Marisa Simões; Fotos: DR

 

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