Misturar ficção com vida real: Diogo Infante protagoniza série “A Filha”

Terminadas as rodagens da próxima série da TVI, Diogo Infante fala sobre o personagem a que dá vida, e próprias vivências que emprestou à narrativa, enquanto pai adotivo.

14 Mai 2023 | 18:50
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“A Filha”, a próxima série da TVI, de seis episódios, cuja estreia deverá acontecer em setembro, promete emoções fortes. Quem o diz é Diogo Infante, um dos protagonistas desta trama, baseada num caso verídico, que “emprestou” muitas das suas próprias vivências ao seu personagem. “Eu e a Dalila Carmo fazemos um casal mais velho que decide adotar uma criança, mas depois cria-se um problema judicial porque o pai biológico reclama a criança e entramos numa disputa pela custódia, que levanta várias questões de ordem ética, moral. É muito interessante porque, faz-nos pensar que, nem sempre a nossa família de sangue é necessariamente a que mais nos ama ou onde nos sentimos melhor. Posso dizer que no limite a série fala sobre o amor e o que é que isto de quem são os nossos e onde nos sentimos bem. É muito interessante. Esta é uma história real que aconteceu há dez anos e foi noticiada na altura”, disse, explicando ainda de que forma se preparou para este papel: “Eu baseie-me na minha própria experiência porque sendo eu um pai adotivo pude perceber muito bem o drama do personagem e a emprestar muitas das minhas vivências e emoções ao personagem”.

A par do seu contrato com a TVI, Diogo Infante acumula ainda a função de de diretor artístico no Teatro da Trindade, em Lisboa, cuja temporada não poderia estar a correr melhor. “Tem sido incrível, superou largamente as nossas expectativas”, disse à margem da estreia do espetáculo“Uma Peça Para Dois Atores”, com interpretação de Luísa Cruz e Miguel Guilherme, onde mais uma vez despe a pele do ator, para dar vida ao encenador. “Como encenador encontrei alguns desafios, sobretudo o de fazer jus e honrar o texto. Não sinto uma necessidade particular de me afastar do texto, eu procurei seguir as diretrizes que o próprio autor me vai dando e pôr em cena aquilo que me parece ser a leitura mais fiel do texto e ajudar os atores a encontrarem caminhos que definissem personagens consistentes, revelassem este drama e conflito e esta solidão interior que sentem”, explica.

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos:DR

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