Mónica, a heroína de Pesadelo na Cozinha: «o meu pai foi deitar-me por um rio abaixo»

No último episódio de Pesadelo na Cozinha, Ljubomir Stanisic visitou O Lavinas. Mais do que ensinar Mónica a cozinhar, o chef jugoslavo ensinou-a a viver.

27 Jan 2020 | 0:10
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No último episódio da terceira temporada de Pesadelo na Cozinha, Ljubomir Stanisic foi até Vila Real visitar O Lavinas, um restaurante com menos de dois anos mas com graves problemas a nível de organização e gestão.

Mónica e Elói regressaram da Suiça para começar uma nova vida mas o negócio não está a correr bem. A jovem de 28 anos, mãe de três filhos, acaba por ceder à pressão e, numa conversa a sós com Ljubomir, fala-lhe sobre a sua dramática história de vida.

Orfã de mãe e com um pai ausente, Mónica partiu ainda criança para a Suiça onde viveu com os tios. «Eu tenho de viver para os meus filhos. A minha vida não é um mar de rosas. Fui sozinha para o estrangeiro, sem mãe. Não tive uma pessoa que me dissesse ‘faz assim’», conta.

Em lágrimas, a jovem cozinheira de Vila Real recorda que, quando nasceu, o pai quis matá-la. «O meu pai, quando eu nasci, foi deitar-me para eu ir por um rio abaixo, e a minha mãe desesperada à minha procura. Eu nunca tive o amor de um pai e eu não quero que os meus filhos passem por aquilo que eu passei».

Aos 17 anos, Mónica regressou a Portugal. Já trabalhava na Suiça e, ao ver os colegas em Portugal a divertirem-se, decidiu que tinha de regressar. «Cheguei à Suíça e disse ao meu tio ‘eu preciso de me ir embora’. A minha família virou-me toda as costas e porque pensava, que eu estava a ser injusta. Quando cheguei aqui não tinha nada.

Ljubomir fica revoltado com a história de Mónica. «Que se f*** o programa. Quero mesmo ajudar-te no que eu puder. Não tenho pena de ti mas tenho fé em ti. Quero que tenhas amor próprio». Mónica confessa que a vida com Elói não tem um momento de descanso. «Eu não conheço nada. Não fui a Fátima, não fui a lado nenhum», confessa.

Empenhado a devolver a Mónica e Elói uma vida emocional digna, Ljubomir oferece-lhes uma ida ao cinema com os filhos. E promete estar lá para o que for preciso. «Quando precisares, juro-te pela saúde dos meus filhos, podes contar comigo».

«Tens uma companheira como poucos gajos têm»

A conversa com o dono d’O Lavinas segue um rumo diferente. «Quando encontro coisas injustas gosto de resolvê-las à batatada. acho que é uma maneira simples e eficaz para as coisas funcionarem», começa por dizer, repreendendo Elói por por as culpas na mulher pelo fracasso do restaurante. «Quando te vi apontares o dedo à tua mulher fiquei chocado». O chef jugoslavo salienta as qualidades de Mónica. «Tens uma companheira como poucos gajos têm. Tens uma sorte do c*****».

Elói reconhece que tem de dar mais importância à família. «Tenho de dar mais valor ao que tenho em casa, à mulher e aos filhos».

Remodelações feitas e restaurante já reaberto, tudo parece correr sobre rosas. A equipa d’O Lavinas está a funcionar como nunca e Mónica, apesar de feliz, está cautelosa. Não só com o trabalho mas também com o carinho e a atenção do marido. «Eu não me vou iludir porque eu não sei se é por estarem aqui câmaras ou se vai continuar», diz.

 

Texto: Raquel Costa | Fotos: TVI

 

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