Mónica Sintra, de 40 anos, foi a foi a entrevistada de Daniel Oliveira no Alta Definição deste sábado, dia 23 de junho.
A cantora falou sobre a grande batalha com os distúrbios alimentares.
Mónica confessa que foi aos 15 anos que começou a ter preocupações alimentares e a não gostar do corpo. Na altura, o bullying que sentia na escola por ser mais «gordinha» fez com que a autoestima fosse ficando cada vez mais baixa e com que deixasse de acreditar que poderia vir a ter sucesso na música.
Aos 18 anos, altura em que foi viver sozinha, o problema agravou-se. A cantora admitiu que nessa altura se tornou mais fácil controlar o que comia. «Contava e pesava tudo. Fazias as contas às calorias que ingeria…isto quando comia. Havia alturas em que só o olhar para a comida me dava repulsa», afirmou, referindo-se à fase em que sofreu de anorexia. Mónica confessou ainda que este tipo de distúrbios são uma luta entre a cabeça e o corpo. «Se por um lado o corpo sente fome, a cabeça incita-nos a não comer».
A cantora explica que vivia uma batalha interna e que ceder à fome era, na sua cabeça, sinal de fraqueza. Um conflito interior que, de resto, ainda hoje sente.
Na juventude, depois da anorexia seguiu-se a fase da bulimia. Mónica Sintra assumiu que, quando percebeu que não comer não lhe dava a energia necessária para acompanhar os ensaios e concertos, optou por mudar de estratégia. «Comia grandes quantidades de comida em pouco tempo e depois ia para a casa de banho deitar tudo fora. Saía da mesa a meio de almoços ou jantares para deitar fora o que tinha comido e depois voltava. Ninguém reparava em nada. Conseguia manipular o meu corpo e as pessoas à minha volta.» confessa.
Em 2008, Mónica lançou um livro onde revela toda a história desta luta constante.
O pior dia da vida de Mónica Sintra
Mónica Sintra foi mãe de um menino, Duarte, em dezembro de 2011. A gravidez da cantora não foi planeada, sendo que na altura a relação que mantinha com Sérgio Moreira não era estável. Após três meses do nascomento do menino o casal separou-se, altura que a artista considera ter sido das piores que já viveu.
Mas o pior dia da sua vida ainda estava por vir. Mónica confessa que o dia em que o tribunal decidiu que a custódia de Duarte iria ser partilhada foi o pior momento da sua vida. «Eu não conseguia perceber porque é que ele tinha que estar longe de mim se eu tinha toda a disponibilidade para tomar conta dele» afirma emocionada. «Foi uma altura muito complicada, a minha mãe é que tratava das idade dele para casa do pai. Eu não conseguia, era demasiado».
Entretanto, e após mais de 18 meses de luta na justiça, a cantora acabou por conseguir a guarda total do menino. «O meu filho trouxe-me uma confiança que eu não tinha» revela.