Ana e Daniel Parra são irmãos, por parte do pai, e têm dois filhos em comum: um de três e outro de cinco anos. Os dois querem mudar a lei espanhola para poderem casar-se! Na verdade, a prática do incesto não é crime no país vizinho desde 1978, mas a lei proíbe o casamento formal.
De acordo com o El Espanhol, Ana, na época com 20 anos, procurou a família paterna e confessa que criou até uma página nas redes sociais com um apelido falso para procurar os parentes. Dessa forma encontrou o irmão, Daniel, com 17 anos e revela: “fiquei com medo de lhe contar a minha história, pois podia destruir o seu mundo. Ainda assim, não pude evitar contar-lhe quem era.”
Os dois conheceram-se pessoalmente e a rapariga chegou mesmo a conhecer o pai. Ana e Daniel ficaram cada vez mais próximo: “Tentamos manter uma relação de irmãos, mas custou. Tínhamos uma relação de amigos que tinham tendência a ver-se e a contar as coisas”, contou Daniel.
Irmãos estão juntos há nove anos
O casal, que tem uma relação de 9 anos, deu o seu primeiro beijo numa festa e acabou por se afastar depois do sucedido: “Fomos cada um para seu lado, ficámos com vergonha do que tinha acabado de acontecer”. E acrescentam: “Tínhamos de o esquecer. É impossível ter uma relação com um irmão. Não estava nas nossas cabeças ter algo mais”, expressou Ana. Após o afastamento, decidiram rumar a Londres: “Foi a primeira vez em que podemos dizer que nos comportámos como um casal verdadeiro. Fomos jantar, passeámos, foi uma explosão de liberdade”, confessa Ana.
Apesar de contarem agora toda a história, notam que não defendem relações entre irmãos. “Nunca dissemos que as relações de amor entre irmãos são naturais simplesmente contámos a nossa história, não reivindicamos nada. Aconteceu connosco, é algo que não é comum, mas muitas pessoas pensam que estamos loucos por defender este tipo de relações, e também que somos imorais. Simplesmente, contámos o que se passou”, disseram.
Por fim, Daniel Parra rematou: “Na Suécia, por exemplo, sei que nos deixavam casar. Falámos com uma advogada e dizem-nos que não seria tão difícil, mas levaria muito tempo e dinheiro”. Segundo a imprensa espanhola, para acontecer em Espanha, Ana teria que renunciar ao seu pai e tirar o nome do seu registo, substituindo-o por alguém que a tivesse adotado, “mas por ela ser maior de idade é muito complicado”, remata.
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