Mário Ferreira, um dos mais recentes donos da TVI, entregou esta segunda-feira, 28 de setembro, uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra o grupo Cofina.
O empresário do norte, que detém 30,22 por cento das ações da Media Capital, afirma ser uma vítima do grupo, revelando que, nos últimos meses, houve mais de 250 notícias sobre si nos vários órgãos de comunicação social da Cofina – Correio da Manhã, Jornal de Negócios e revista Sábado, entre outros.
Mário Ferreira sublinha ainda, segundo o Observador, que as notícias sobre a Media Capital (nomeadamente a TVI) foram mais de mil e defende que o objetivo do grupo era condicionar a compra da empresa. «Há uma clara perseguição e tentativa de manipulação dos mercados com o objetivo de baixar preços, afastar potenciais investidores e comprar ao desbarato», disse o empresário à agência Lusa.
Recorde-se que, a 14 de maio, Mário Ferreira comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital, dona da TVI, por 10,5 milhões de euros.
Cofina acusada de «instrumentalizar» ERC
Esta não é a primeira vez que a venda de ações da Media Capital está envolvida em polémica. A 21 de julho, foi noticiado que a CMVM estaria a analisar a relação entre a Prisa, que controlava a Media Capital através da Vertix, e a Pluris, e o impacto na estrutura de controlo da Media Capital. Nesse mesmo dia. a ERC anunciou também que estava a analisar as mudanças na estrutura acionista da TVI.
No dia seguinte, a Media Capital reagiu ao comunicado da ERC, classificando esta análise «de enorme gravidade», e afirmou também que parecia «evidente» que a Cofina conseguia «instrumentalizar» a ERC. Esta última acusação foi prontamente refutada pelo grupo do Correio da Manhã.