Nuno Guerreiro morreu aos 52 anos, na passada quinta-feira, 17 de abril. A causa de morte do cantor foi uma septicemia, uma infeção generalizada que evoluiu rapidamente.
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“Onde quer que ele esteja, ele quereria que fizéssemos o espetáculo”
O velório do artista foi ontem, 22 de abril, à noite entre as 20h30 e as 22 horas, na Igreja de S. Francisco, em Loulé. E o funeral será hoje, às 10h30, numa missa de corpo presente. O corpo vai seguir para o Crematório de Faro “para uma cerimónia privada, reservada apenas à família”.
E Nuno Guerreiro tinha um concerto marcado para esta quinta-feira, 24 de abril, em Coruche. O cantor fazia parte da banda Zeca Sempre, com Olavo Bilac, Tozé Santos e Vítor Silva. Após a fatalidade, os cantores reuniram-se e decidiram fazer à mesma o concerto.
A informação foi avançada nas redes sociais. “Atravessamos um momento de profunda dor e consternação pela partida inesperada do nosso querido companheiro e amigo Nuno. (…) Confessamos que, perante a nossa tristeza e o vazio deixado, pensamos seriamente e achamos que não teríamos condições para subir ao palco“, pode ler-se.
Contudo, após falarem com a família de Nuno Guerreiro, a banda Zeca Sempre decidiu avançar com o concerto. “No entanto, após partilharmos memórias e pensarmos no Nuno, na sua liberdade, paixão pela música e no seu espírito, chegámos a uma conclusão em conjunto com a sua família: achamos que, onde quer que ele esteja, ele quereria que fizéssemos o espetáculo, como forma de honrar e continuar o seu legado connosco. Acreditamos que ele gostaria que a sua voz não se calasse, que celebrássemos a sua memória e o legado de Zeca Afonso, que tanto o inspirava também”.
O comunicado termina com a garantia de que será uma homenagem ao amigo e colega. “Por ele, pela sua família, e por vocês que sempre nos apoiaram, decidimos manter a realização do concerto no dia 24 de abril em Coruche. Será, inevitavelmente, um espetáculo carregado de uma emoção muito especial, e cada canção será também a nossa forma de lhe prestar uma sentida homenagem e de manter a sua voz bem viva na nossa interpretação”.
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Texto: Carolina Marques Dias Fotos: Impala e redes sociais
