«O meu menino ganhou. A bruxa já não existe»

Pais de Gabriel Cruz homenageiam filho, Menino de oito anos foi assassinado pela madrasta.

14 Mar 2018 | 11:11
-A +A

Nas cerimónias fúnebres de Gabriel Cruz, o menino de oito anos morto pela madrasta Ana Júlia, os pais da criança prestaram algumas declarações aos jornalistas à saída da Catedral de La Encarnación de Almería, em Espanha, na passada terça-feira, dia 13 de março.

 

No último adeus a Gabriel, que aconteceu antes de Ana Júlia, a namorada do pai, ter confessado ter matado o menor, Patrícia Ramirez revelou acreditar que ia ser feita justiça e que a «bruxa» – Ana Júlia – iria pagar pelos seus crimes.

 

«O meu menino ganhou. Sabemos que está no céu, a brincar com os seus peixinhos e a bruxa já não existe. Esqueçam-na. Peço a todas as pessoas que hoje ponham a tocar Girasoles [a música preferida de Gabriel]. A bruxa está onde tem de estar», afirmou Patrícia Ramirez ao El Mundo.

 

Sempre mais contido, Ángel Cruz agradeceu brevemente o apoio de todos os que estavam na cerimónia. «[Vocês] são os maiores», declarou o pai.

Na Catedral, juntou-se uma multidão para prestar homenagem ao menino de oito anos.

 

Madrasta cavou um buraco onde manteve o corpo até ser apanhada

 

Esta terça-feira, 13 de março, Ana Julia Quezada ter confessado o assassínio de Gabriel Cruz, as reconstituições da cena de crime continuaram.

Segunda avança o OK DIARIO, Quezada cavou uma cova num terreno da família do pai de Gabriel, onde manteve o corpo do menino. A cova foi feita junto a um poço. 

 

Os investigadores acreditam que o crime também terá acontecido naquele terreno, para onde Ana terá levado o corpo já semi-consciente. A polícia acredita que Gabriel foi abordado no caminho para casa dos primos, onde nunca chegou.

 

Aí, em discussão com a madrasta, esta terá batido no menino e acabou por o matar já no terreno onde o deixou escondido. Durante os doze dias de buscas intensivas, a assassina esteve em liberdade e até participou nas buscas. Também hoje foram encontradas as roupas de Gabriel, num terreno na zona oeste da costa de Almería.

 

Quando desapareceu, Gabriel Cruz estava em casa da avó Carmen

 

Quando desapareceu, o menino de oito anos estava em casa da avó Carmen, em Las Hortichuelas, em Espanha. Filho de pais separados, era habitual passar dias em casa da avó paterna. Nessa manhã, brincou em casa dos primos. No dia seguinte era feriado e não tinha aulas.

Foi a casa da avó, onde almoçou, e voltou para junto dos primos, para mais uma tarde de brincadeira. A avó ficou a vê-lo à porta enquanto Gabriel percorreu cerca de 80 metros. Até casa dos primos faltariam uns 20, mas o menino nunca lá chegou.

 

A família só deu por falta do menino por volta das 18h00, uma vez que a avó estava ciente de que o neto se encontrava em casa dos primos, e vice versa. O alerta às autoridades foi dado pelas 20h00.

 

A única pista que existia até se encontrar o corpo era uma camisola branca com o ADN de Gabriel, peça curiosamente encontrada por Ana Julia e pelo pai do menino.

 

PUB