Os dias vão passando e continua por descobrir o que aconteceu a Mónica Silva, a grávida que desapareceu na Murtosa a 3 de outubro depois de ter dito que ia ao café. Fernando Valente, o principal suspeito do desaparecimento, está detido em prisão preventiva e as autoridades acreditam que a mulher, de 33 anos, foi morta na noite em que desapareceu. Agora, e pela primeira vez, Alfredo Silva, pai de Mónica, fala sobre o mistério em torno da filha.
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“Torna-se complicado encontrar a Mónica com vida, que é o que mais queria, Talvez não seja possível encontrar a Mónica com vida”, começa por dizer numa entrevista ao Análise Criminal, segmento do programa Casa Feliz, das manhãs da SIC. “Sempre que temos uma pista ficamos com a esperança de que esteja lá”, prossegue.
“Acho que se irá encontrar a Mónica já sem vida”
Alfredo Silva elogia ainda o trabalho que tem vindo a ser feito pelas autoridades. “Acho que a Polícia Judiciária está a fazer um bom trabalho, acho que vai continuar. Acho que se irá encontrar a Mónica já sem vida. Que a possamos encontrar para tranquilizar a família e os filhos, um de 11 anos e outro de 14”, refere. Falando depois da forma como os netos estão a lidar com a situação. “O mais velho já está a ficar mais mentalizado de que poderá ser encontrada sem vida”, diz. “O corpo é essencial para mim e para os meus netos, para nos tranquilizar”, explica.
“O menino ia chamar-se Gonçalo Augusto”
O pai de Mónica Silva conta ainda que ouviu, no dia 1 de outubro, a filha ao telefone com o principal suspeito. Refere também que falou com a grávida na noite do desaparecimento. “Ligámos à Mónica por volta das 22 horas e ela disse que estava tudo bem. Sei que ligou também para o filho e a partir daí não sabemos mais nada da Mónica”, conta. Revelando ainda com é que se iria chamar o neto. “O menino ia chamar-se Gonçalo Augusto”, refere. “Roubaram-me a filha, roubaram o meu neto e deixaram dois netos desamparados. Os meus meninos vão ficar sem a mãe”, termina.
Texto: Bruno Seruca Fotos: Impala e reprodução Instagram