Numa altura em que continua por aparecer o corpo de Mónica Silva, a grávida desaparecida na Murtosa, surgem novas acusações. Desta vez, é o pai de Fernando Valente, o principal suspeito do desaparecimento da mulher de 33 anos, quem é acusado de ter participado na morte de Mónica Silva. Quem o defende é Acácio Carvalho, antigo proprietário dos terrenos que a família Valente tem em Cuba, Alentenjo, e que trabalhou na Polícia durante mais de duas décadas.
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“Eles eram capazes disso e de muito mais”, garante ao Correio da Manhã. “Durante o negócio, o pai [Manuel] tentou vigarizar-me, não me quis pagar e ainda me ameaçou”, prossegue. O homem de 70 anos conta ainda que conheceu dois funcionários da família e que estes lhe confidenciaram que “passavam fome e levavam porrada” caso não cumprissem as ordens do patrão.
“É um pau mandado do pai”
Acácio Carvalho vai mais longe e diz mesmo que Fernando Valente, atualmente em prisão preventiva “é um pau mandado do pai”. O antigo dono dos terrenos que pertencem agora aos Valente deu ainda a conhecer ao jornal os muitos poços que existem na propriedade e nos quais pode estar o corpo de Mónica Silva. Refere ainda que o negócio da venda do terreno ocorreu há sete anos e que o valor do negócio foi de 150 mil euros. “Ele pagou a entrada em dinheiro vivo, achei logo estranho”, termina.
Texto: Bruno Seruca Fotos: Shutterstock e DR