Pai tentou matar Cátia por causa do divórcio da mãe

Pai traiu a mãe com uma menor, não aceitou bem o divórcio e tornou-se agressivo para as filhas. Saiba tudo!

16 Mar 2018 | 16:59
-A +A

Partiu de Ponta Delgada directamente para a Venda do Pinheiro e consigo levou na mala um terrível segredo: “O meu pai tentou matar-me quatro vezes. Estas tentativas de homicídio aconteceram após a separação dos pais, um período muito conturbado na vida de CÁTIA e também da sua irmã gémea SOFIA. Hoje em dia, as duas já não mantêm qualquer tipo de relação com o progenitor, Leonildo Oliveira.

“Temos pai, mas digamos que os meus pais foram casados durante 21 anos. Para nós era o casamento perfeito, mas depois divorciaram-se e nós ficámos com aquele desgosto e foi cada um para seu lado”, explica Sofia em declarações exclusivas à TV 7 Dias. Embora, durante o casamento, a vida desta família tenha sido aparentemente normal, a descoberta da existência de uma amante muito especial (já lá vamos), mudou para sempre a vida destas irmãs. “Traição a gente não perdoa e a minha mãe é como a gente. E eles divorciaram-se por causa disso, o meu pai traiu a minha mãe e pronto, ficámos todos em choque. Se não dava era só chegar ao pé da minha mãe e dizer isso, não é trair. Ele tinha outra pessoa. A minha mãe nem pensou em perdoar”, adianta, acrescentando ainda que “quando as pessoas souberam do motivo do divórcio do meu pai ficou tudo chocado, ninguém queria acreditar (…) Graças a Deus que enquanto eles estiveram casados nunca deram má vida a mim e à minha irmã. Divorciaram-se de uma maneira má. O meu pai, por ser a pessoa que era, a gente não estava à espera que acontecesse isso no divórcio”.

Esta traição, que acontecia à vista de toda a gente, foi descoberta pelas gémeas, que se encarregaram de, mesmo contra a vontade do pai, contar à mãe o que tinham presenciado. Quem nos conta este episódio é a ex-amante de LEONILDO, que por uma questão de protecção, preferiu manter a sua identidade anónima: “Fomos encontrados no Modelo da Lagoa. A Cátia e a Sofia tinham ido almoçar lá e demos de cara com elas. E foi a partir daí que vieram os problemas, porque nós estávamos de mãos dadas. Elas ficaram chocadas e perguntaram o que estava ali a fazer, que iam ligar para a mãe. Ele então foi atrás delas e ameaçou-as que se contassem que o pai tinha uma amante que ele dava um tiro nelas, matava-as.”

Sem medo das ameaças do progenitor, as duas acabaram por contar à mãe o que tinham acabado de descobrir e foi aí que a progenitora decidiu avançar para a separação legal, uma decisão que não foi bem aceite por Leonildo. Nessa fase, tanto Cátia como Sofia tomaram o partido da mãe, o que também não foi do agrado do progenitor. “O meu pai revoltou-se um bocado porque nós a apoiámos muito. Pai é pai, mas minha rica mãezinha”, sublinha Sofia. 

Na altura da separação dos bens, o progenitor da concorrente decidiu passar a sua casa para o nome das filhas. Contudo, o mau ambiente que se vivia no seio daquela família levou a que Leonildo tomasse algumas atitudes agressivas contra Cátia e Sofia, as mesmas pessoas que lhe viraram as costas para se colocarem do lado da mãe. “Ele jogou o carro contra o carro delas e a outra foi quando a ex-mulher se quis separar dele, ele queria jogar gasolina à volta da casa para atear fogo com elas lá dentro”, relata a ex-amante, que não tem conhecimento das duas outras tentativas de homicídio. 

A TV 7 Dias entrou em contacto com Leonildo que começou por negar o segredos de Cátia e rejeitou ainda que o seu divórcio tenha sido complicado, mesmo depois de ser informado que tinha sido Sofia a contar o que se tinha passado nessa fase: “essa informação está completamente errada. Somos amigos, falamos várias vezes por mês. Uma coisa complicada é quando vamos para tribunal, o que não é o caso. Nós falámos e decidimos que o mais certo era cada um ir para o seu lado. O que não significa que estejamos de relações cortadas, até falamos várias vezes por mês”. No que diz respeito às tentativas de homicídio, o pai de Cátia garante ser uma pessoa “tão simples de resolver as coisas. Tanto que quando me divorciei, passei a casa para o nome das minhas filhas. Então se eu dei o que me pertencia às minhas filhas, porque é que iria pegar fogo à casa. Lá por eu me ter divorciado, não fui o primeiro nem o último, nem me chegaria a passar uma coisa dessas pela cabeça.”

 Traição com uma menor

Aos 47 anos de idade, Leonildo, casado e pai de duas filhas, cede à tentação do desejo e decide enveredar pelo perigoso caminho da traição. Contudo, a rapariga com quem se envolveu ainda não tinha sequer completado os 18 anos, tal como a própria nos relata:  “Na altura eu tinha apenas 17 anos. Eu tinha perdido o meu pai e pus-me nas porcarias da toxicodependência. Depois o FLORIANO, que é o pai das gémeas, ofereceu-se para me ajudar a sair das drogas. Vivi com ele cinco anos”.

Se, de início, a relação era um mar de rosas, a partir de determinada altura, “ele virou psicopata, sempre atrás, a ameaçar-me, a querer passar com o carro por cima”, conta a “ex”, que após mais uma das várias discussões decide sair de casa, mas esta foi uma fuga mal sucedida: “Eu tinha um Alaskian Malamute e ele ameaçou-me que se eu não voltasse para casa ele matava-me o cão, disse que lhe cortava a cabeça e metia na minha porta.”

Já para o fim da relação, a ex-amante engravida de outro homem, segundo nos revelou a própria. Embora não tenha sido expulsa de casa por traição, esta jovem acabou por ficar sem o filho, que completou seis anos em novembro do ano passado: “Ele não me deixa ver o meu filho, ameaçou o pai verdadeiro do menino. As ameaças foram tão grandes que o pai verdadeiro do meu filho desapareceu de vez da minha vida”.

Embora Leonildo garante que o pequeno Wilson é seu filho e que, inclusive, o tribunal lhe deu guarda total da criança, Sofia confirma que a paternidade do rapaz não está bem esclarecida: “Por aquilo que a gente sabe, por um amigo nosso que é médico, o filho não é dele, mas como ele estava com essa pessoa… A gaja, com quem ele traiu a minha mãe, depois engravidou e ele assumiu-o como se fosse dele. Para todos os efeitos temos um irmão emprestado. Não é filho, mas está a sustentá-lo.”

 Sequestro, prostituição e drogas

O passado de envolvimentos com menores não se ficou pela experiência com a ex-amante. A TV 7 Dias esteve à conversa com “MARIA” (nr.: nome fictício), que teve um caso com Leonildo, quando tinha apenas 16 anos. “Eu tinha acabado de fazer 16 anos, eu faço anos em dezembro e as tentativas deles começaram em outubro ou novembro e continuaram. Foi através do facebook, mas ele conhecia-me de vista porque morava aqui perto. Ele mandou um pedido de amizade mas eu não aceitei, e ele depois voltava a repetir o pedido de amizade até que aceitei. Depois começou a meter conversa comigo, dizia que eu era bonita. Disse também era amigo do meu pai e na verdade foram amigos na infância. Entretanto, começou a perguntar se eu queria sair com ele e começou a oferecer-me dinheiro para sair com ele. Até me disse que levava o filho dele, para eu não ter medo que não me ia fazer mal, muito menos à frente de uma criança e eu acreditei”.

Na altura, “Maria” estava a passar por uma fase complicada na família. Com a mãe doente, o pai com excesso de trabalho, uma irmã que já não estava presente e um irmão com quem não tinha uma boa relação, a jovem, hoje com 21 anos, acabou por receber de Leonildo aquilo que não tinha no seu próprio lar: carinho e atenção. “Eu sentia-me bem ao pé dele porque eu nunca tive muito afeto lá em casa, eles nunca me ajudavam muito, não se preocupavam. Ele começou a dizer que tinha lá um quarto a mais, que se quisesse podia ir para lá que ninguém me ia chatear (…) Inicialmente, eu pensava que ele era boa pessoa porque dizia que eu era como uma filha para ele, como uma irmã para o mais pequeno, que cuidava dele. Ele às vezes saía e eu ficava com o filho dele em casa”, adianta. 

Contudo, pouco a pouco o comportamento de Leonildo foi alterando e começou a ficar mais possessivo e violento, segundo nos explicou “Maria”: “Mais tarde é que comecei a ver os comportamentos mais obsessivos. Ele ameaçava-me, chegou a meter-me a mão no pescoço, fechava-me em casa, eu não podia falar com ninguém, dizia que eu me vestia como uma puta. Eu já estava a ficar tao mal que quase que desisti da escola porque ele esperava lá por mim todos os dias praticamente.” 

E se, de início, não cedia às pressões para ter relações sexuais, depressa essa realidade mudou pois, explica, “começou a ameaçar-me a dizer que tinha tirado fotografias nuas minhas na banheira e que as ia publicar. A partir daí começou a complicar e foi tendo cada vez mais aquilo que queria. (…) Ele sabia que eu não queria e ia fazendo várias ofertas e quando não conseguia tentava sempre mudar de esquema, aí já era com ameaças, dizia que ia destruir a minha família, tinha o número do meu cunhado e mandava-lhe mensagens a dizer mentiras sobre a minha irmã. Basicamente, ele queria destruir-me, queria respirar por mim”.

Já a viver com o pai de Cátia, estava a tornar-se para “Maria” cada vez mais insustentável permanecer naquela casa. Pressionada com as ameaças de Leonildo, a jovem acabou por sucumbir ao desespero e tentar o suicídio. “Eu disse-lhe que ia sair de lá viva ou morta. Tomei comprimidos e deixou-me inconsciente durante três dias em casa. Ele disse que podia sair, mas que não levava nada do que era meu comigo. Como é que eu podia sair e não levar nada? Não queria deixar-me sair de forma nenhuma. Na associação de apoio à mulher disseram para eu pegar nas coisas e sair sem dizer nada, mas eu achava que ia ser muito pior. Eu dizia que se não ia embora a bem ia a mal, que não estava a brincar porque estava muito infeliz. Todas as tarefas ficavam para mim, mas ele já criticava tudo, queria que eu fosse criada dela. Tinha tanta raiva de me ter metido nisso, senti-me tão enganada (lágrimas). Não tem noção, isso mexe mesmo com a vida de uma pessoa. Eu pensava que ele gostava de mim”, lamenta, ainda a soluçar.

Um dos motivos que levou “Maria” a ganhar coragem para sair de casa foi o facto de este homem ter tentado que a jovem tivesse sexo com outras pessoas: “Ele queria que eu estivesse com ele e outras pessoas ao mesmo tempo. Quando comecei a ver isto tudo eu quis-me afastar. Então na associação de apoio à mulher aconselharam-me a fazer queixa para que não acontecesse a outras pessoas e também para me deixar em paz.”

E assim foi. “Maria” ganhou coragem, voltou para casa da mãe e apresentou queixa na polícia há cerca de dois anos, processo este que ainda se encontra na barra dos tribunais. “Ele ficou acusado de sequestro, prostituição de menores, porque ele incentivava-me a fazer uma coisa que eu não queria fazer – porque não é preciso fazer o coito para ter sexo -, está também acusado de posse de substâncias ilícitas. Basicamente são sete os crimes”, explica, garantindo que este caso que manteve com o pai de Cátia a deixou para sempre traumatizada e que, ainda hoje, se se cruzar com Leonildo na rua, vira a cara para não ter que o ver.

Confrontado com estas acusações, o progenitor da concorrente garante que o único processo que tem em tribunal é um processo laboral instaurado por si contra a Câmara Municipal de Ponta Delgada, a sua última entidade patronal. Quanto às acusações de “Maria”, Leonildo diz que “se eu tivesse com esse processo, o meu filho já tinha sido retirado. Eu sou contra isso e contra drogas. Se houvesse um processo desses, a primeira coisa que me faziam era tirar o meu filho.”

Trocada pelo trabalho
Tal como a TV 7 Dias adiantou na edição anterior, Cátia tem um filho, Guilherme, fruto do seu casamento com Filipe. O casal apenas se manteve casado durante dois anos e meio pois FILIPE tinha uma empresa sua e a entrega ao ofício acabou por prejudicar a família. “Quem tem a sua própria empresa trabalha mais, não tem horário. Quase não têm família. Ele chegava muito tarde a casa e a Cátia disse que para estar sozinha ficava sozinha. E compreende-se”, explica a irmã. Contudo, apesar desta rutura precoce, Sofia garante que os dois mantêm uma relação saudável: “Eles estão separados, mas o pequeno vai para o pai quando quer, para a mãe quando quer. Eles dão-se muito bem. Não há ali regras. Eles dão-se bem pelo filho”. Avaliando os concorrentes da Casa dos Segredos 7, Sofia não acredita que a irmã “se apaixone na casa”.

 Textos: Carla Ventura e Luís Correia; Fotos: DR

 

 

PUB