Depois da novela Por Ti, onde dava também vida à extravagante taxista Xana, Mafalda Vilhena dá agora vida a uma personagem que também não vai passar despercebida em Papel Principal. “Esta a ser espetacular. Sou a Irene Guerra. Ela era atriz mas deixou de exercer para tratar da Aurora, que é a Carolina Carvalho, ela teve leucemia em criança e eu abdiquei da minha profissão em prol da saúde da minha filha. Dai essa ambição dela da filha ter sucesso. Esta mulher é louca mas é super exigente. É como ir à tropa, está a ser super rigorosa, mas super cómica.
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“Ainda bem que faço de mazinha porque a boazinha não tem tanta graça”
Eu digo coisas que ninguém diz, digo que não há protagonistas gordos, por exemplo, digo umas verdades que as pessoas não estão habituadas”, diz à TV 7 Dias em exclusivo, adiantando ainda: “Acho que o público vai adorar e dizer ainda bem que faço de mazinha porque a boazinha não tem tanta graça. Ela é uma boazona. É um desafio completamente diferente e adoro, já fiz vilãs mesmo, mas esta não é vilã e estou a adorar. é de uma exigência e de um rigor muito grande, mas quando ela chora é a sério.”
Apesar das caraterísticas da personagem, Mafalda Vilhena não ficou com os seus tiques, mas sim com marcas. “Estou toda negra que o Joaquim Monchique espanca-me a toda a hora, ele é meu amante na novela e estou toda partida. A fazer o amor deixa-me com negras”, diz, enquanto mostra os braços. “O Joaquim Monchique dá-me tareias porque só sabe fazer o amor à bruta. O público nesta novela também é cúmplice dos personagens portanto tudo o que eu faço o público sabe que eu estou a fazer. Ele sabe que eu tenho um amante, que é o Joaquim Monchique, o Marcelo e o meu marido também sabe que eu tenho um amante, mas mais para a frente.”
“É tão difícil sobreviver neste mundo de stress”
Em casa, conta com o apoio do marido mas Pêpê Rapazote não se preocupa com as aventuras da trama. “Ah ele não quer saber. Trabalho é trabalho.” E também as filhas têm queda para a representação. “Tem jeito as duas, mas acho que nenhuma deve seguir. Elas têm a formação de cantar, dançar, representar, mas a escolha vai ser delas. Vão ser o que escolherem. Eu não tenho que opinar. É tão difícil sobreviver neste mundo de stress, de ansiedade e ambição, depressão, que só quero que elas encontrem um caminho e que encontrem os seus pares e sejam felizes.”
As filhas, com 18 e 13 anos, já estão na adolescência e a atriz confessa: “Sou uma mãe muito chata com regras mas sou coerente no sentido que sei que querem beber copos e saírem, mas a mais velha prefiro que seja na nossa casa. Os amigos vão para lá e divertem-se na nossa casa. Prefiro que seja ali. Acho que é mais perigoso ser noutro lado. Sou mãe delas, sou uma mãe porreira mas não sou a melhor amiga. Sou mãe. Não podemos quebrar barreiras.”
Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Tito Calado e Divulgação SIC