Ricardo de Sá está prestes a voltar à antena da TVI, em “Para Sempre”, que se estreia na próxima segunda-feira, dia 8 de novembro. O ator, que esteve afastado do pequeno ecrã desde o início de 2017, não esconde as saudades que tinha do ritmo de trabalho de uma novela.
“Foram quase cinco anos, como costumo dizer, a explorar outras coisas, teatro, cinema, música, estudos, e estou muito contente de voltar à ficção e ao formato de novela. A última novela que fiz foi ‘A Única Mulher’, que esteve dois anos no ar. Mas também tive oportunidade de fazer muitas séries, cinema e teatro. Explorei um outro lado artístico, que é o da música, como cantautor e produtor. Voltei aos estudos durante a pandemia. Estou a estudar Ciências da Comunicação”, revela, confidenciando: “Eu gosto muito de fazer novela porque habituei-me nos ‘Morangos com Açúcar’, onde gravávamos cerca de 30 a 40 cenas por dia, das oito às oito, a um ritmo alucinante. Gosto da adrenalina. Óbvio que gostava de ter mais tempo em novela para trabalhar o texto, como fazem na Globo, mas nós aqui temos uma estrutura mais pequena e, felizmente, a nível artístico e técnico, muito capaz de fazer coisas com muita qualidade.”
Em “Para Sempre”, Ricardo de Sá veste a pele de Ruca, uma personagem que promete despertar a atenção dos telespectadores por “abordar temas que até hoje nunca foram abordados na ficção nacional”. Dedicado desde muito jovem à agricultura, Ruca irá viver um conflito social e religioso, depois de se cruzar com Joana, personagem interpretada por Sílvia Chiola.
“No início, as pessoas vão ficar confusas, mas depois, com o desenvolver da história, vão perceber. E esta personagem é importante porque aborda temas que muitas vezes são tabus, polémicos, e as pessoas acabam por julgar sem ter conhecimento de causa”, explica Ricardo de Sá, sublinhando: “Muitas pessoas vão rever-se e até se vão identificar com os ideais dele.”
Ricardo de Sá: “Foi uma experiência única”
No ar já está também o filme “Terra Nova”, que gravou em 2019, em alto-mar, na Noruega. “Fazer um filme e estar um mês e pouco a bordo do navio Santa Maria Manuela parece um sonho. Foi uma experiência única”, teceu Ricardo de Sá, relatando as aventuras a bordo.
“Fui dos poucos a não enjoar, devia ter alma de marinheiro, e não tomei uma única vez o comprimido para os enjoos. Apanhámos ondas de seis a nove metros, mas também vimos a Aurora [N.R.: Aurora Boreal]. Aí, percebe-se que é especial. Vi três vezes”, disse.
Textos: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Nuno Moreira
(artigo originalmente publicado na edição nº 1807 da TV 7 Dias)