A série “La Casa de Papel”, cuja última temporada já está disponível na Netflix, colocou Álvaro Morte à frente dos holofotes a nível mundial. Mas, muito antes de a trama original do canal espanhol Antena 3 se transformar numa das de maior sucesso da plataforma de streaming (para a qual foi adaptada), o seu protagonista viveu momentos de verdadeiro terror. Foi em 2011, quando lhe foi diagnosticado um cancro numa perna e dado pouco tempo de vida.
O artista, com 46 anos, recordou essa fase num evento realizado no Teatro Real, em Madrid. “Já passei por momentos muito ruins e tentei sempre manter-me positivo”, disse o protagonista de “La Casa de Papel”. “São obstáculos que acontecem, que fazem parte da vida e nós temos de os enfrentar. É isto. Acho que cada um pode enfrentar esta doença como quiser, como pode e como a sua cabeça permitir. Naquela época, isso ajudou-me a ter uma atitude mais feliz, por assim dizer”, acrescentou.
Álvaro Morte lembrou ainda que, “no início”, assim que o cancro foi diagnosticado, pensou que ia morrer. “A pior coisa de uma doença é sentirmo-nos mal. O que funcionou comigo para eu conseguir lidar com ela foi sentir-me vivo. (…) “Pensei: ‘Se eu morrer em três meses, poderei fazê-lo em paz? Respeitei as pessoas em meu redor e que me amam? Fui fiel aos meus princípios?”, enumerou o Professor de “La Casa de Papel”.
O cancro e os anos de luta levaram a que, agora, queira dedicar-se o máximo de tempo aos filhos, a quem chama carinhosamente de “anões”. Quero desfrutá-los o máximo que puder”.
Casado com a estilista Bianca Clemente, o ator de “La Casa de Papel” é pai dos gémeos León e Julieta.
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