Pipoca vai “insultar pessoas” no novo programa: “Pagarem-me para isso é espetacular”

Os humoristas A Pipoca Mais Doce e Gilmário Vemba são os anfitriões de “Betclic: Mano a Mano”, programa que a TVI emitirá aos sábado.

26 Mar 2022 | 16:40
-A +A

A Pipoca Mais Doce e Gilmário Vemba são os anfitriões de “Betclic: Mano a Mano”, programa que a TVI emitirá aos sábado, perto da meia noite, a partir de 16 de abril, e que contará ainda com as participações de Nuno Duarte, conhecido por Tio Jel, Inês Abrantes, treinadora de kickboxing, muay thay e personal trainer, e Pedro Henriques, árbitro e comentador desportivo.

Na apresentação à imprensa, que decorreu nesta sexta-feira à tarde, Ana Garcia Martins, nome de batismo de A Pipoca Mais Doce, disse estar satisfeita que esta aposta da TVI, que resumiu com “uma batalha de insultos fofinhos”. “É um formato que tem tudo a ver comigo. Tudo o que seja insultar pessoas e, ainda por cima, pagarem-se para isso é espetacular. Estou muito à vontade com isso”, brincou a agora apresentadora.

A mecânica de “Betclic: Mano a Mano” é simples: “Em cada episódio, há duas duplas de concorrentes. De um primeiro combate, sai um finalista. De um segundo combate sai outro. Depois, temos um combate final, no qual será eleito o grande vencedor, escolhido pelo painel de jurados e a quem é entregue o cinto da vitória”, explicou a ex-comentadora do “Big Brother Famosos”, explicando ainda que “cada equipa está alocada a um apresentador”, que fará de tudo para sair vencedor. “Claro que eu sou super parcial, obviamente, e tento corromper o júri o máximo que posso”, atira A Pipoca Mais Doce.

Veja as fotos da apresentação na nossa galeria.

 

A Pipoca Mais Doce: “Apresentar é um desafio”

Se o humor é uma área em que Ana Garcia Martins se mexe como peixe na água, a apresentação televisiva revela-se “um desafio”, assume. “A parte boa”, frisa, é que o programa “vive muito do improviso”. “Temos toda a liberdade para dizermos o que queremos. Claro que existe um guião e umas regras básicas, mas temos muita margem para sermos exatamente quem somos e brincarmos dentro do nosso registo. O Gilmário é um bocadinho o polícia bom, é a figura mais simpática, e eu sou a má da fita, que está aqui sempre com muito sarcasmo, com um certo toque de desdém. Acho que acaba por ser um complemento engraçado”, sublinha.

Com convidados de várias áreas da sociedade, A Pipoca Mais Doce frisa que todos “sabem que vão ser insultados, mas que também podem responder”. “Já tivemos humoristras a perder para não humoristas e é engraçado vê-los a ser enxovalhados na sua área de trabalho. É absolutamente espetacular”, ironiza.

“Eu entendo que este conceito seja difícil e que as pessoas achem que há sempre um alto nível de agressividade implícito, mas não é. Isto é fazer piadas e sabemos que vimos para ouvir, mas também para dizer. É deixarmos o ego à porta”, alerta a co-apresentadora do formato.

 

Cristina Ferreira: “Venho fechar isto daqui a dez anos”

Quem não se vai sujeitar a ser ‘gozada’ é Cristina Ferreira. “Um roast a mim demoraria umas cinco horas e eu não tenho espaço em antena agora”, riu-se a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI. “Agora a sério: Sei que seria muito bom, porque sou um alvo fácil para este tipo de programas, mas entendemos que não o deveria fazer durante esta primeira série”, acrescentou.

A responsável garantiu ainda que, depois desta primeira temporada, composta por 10 programas, “Betclic: Mano a Mano” pode continuar a ser uma aposta do canal de Queluz de Baixo: “É como qualquer outro programa de televisão: para já, tem um determinado número de episódios. Se correr bem, há mais, se não correr bem, está feito”.

A ideia é do agrado de A Pipoca Mais Doce. “É muito bom sinal se for para continuar. Eu estou absoluitamente disponível. Acho que faz falta um programa destes e as pessoas estão dispostas a consumir tudo o que é humor”, afirmou.

Ainda assim, Ana Garcia Martins não esconde que preferia que o formato fosse para o ar em direto, essencialmente por uma questão de logística. “O direto é muito mais rápido, porque sabemos a que horas entramos e a que horas saímos. Aqui [nas gravações, que decorrem em Lisboa], só sabemos a que horas entramos”, termina.

 

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Helena Morais 
PUB