«Recebi insultos». Polémica no filme com Pedro Teixeira e Rita Pereira sem fim à vista

Duarte Grilo acusou a produtora do filme Portugal Não Está à Venda de não lhe ter pagado o seu trabalho como primeiro assistente de realização. Volvidos oito meses, o caso permanece sem resolução.

04 Dez 2019 | 21:50
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Oito meses depois de a polémica ter estalado, Duarte Grilo garante à TV 7 Dias que continua sem ver um cêntimo pelo seu trabalho como primeiro assistente de realização no filme Portugal Não Está à Venda, protagonizado por Rita Pereira e Pedro Teixeira e produzido pela Original Features.

A bomba rebentou no passado mês de abril, quando o ator recorreu às redes sociais para acusar o dono da produtora, Marcos Badalo, de falta de pagamento de «uma bela quantia» de dinheiro, tendo alegado ainda que tinha sido bloqueado pelo mesmo no Facebook «depois de várias tentativas de contacto» para «liquidar a dívida». Encerrou o «alerta» a considerar o caso «vergonhoso».

Mais de meio ano depois, a situação «está na mesma». «Estou em paz comigo mesmo. Neste momento, se calhar, já estou conformado. Ajudei as pessoas e cumpri o meu papel no filme… Fui a melhor pessoa que pude ser até à altura em que me saltou a tampa», afirma agora Duarte Grilo à nossa revista.

E recorda o momento em que, como o próprio diz, lhe «saltou a tampa» e tornou a sua versão dos factos pública: «Expus as coisas cá para fora, porqcue acho que o panorama da ficção nacional é tão pequeno que, se não tomarmos conta uns dos outros…» O discurso é interrompido mas logo retomado para lamentar: «Ganhávamos muito mais se estivéssemos todos juntos e não cada um a puxar pela sua.»

 

«Com os insultos posso eu bem», diz Duarte Grilo

 

Na conversa com a TV 7 Dias, Duarte Grilo nunca menciona o nome de Marcos Badalo, de quem diz «não» ter recebido qualquer resposta «a não ser insultos» desde que denunciou o caso. «Mas com os insultos posso eu bem. Não é por aí. Não obtive qualquer resposta. Não estou à espera de nada. Correu mal à pessoa, que não sabia com quem é que se estava a meter», atira o ator.

Duarte Grilo diz-se de consciência tranquila e crente de que a justiça será feita. «Avisei todas as pessoas que podia e fiz a chamada de atenção que achei que devia fazer. Confio no universo e no karma. Pessoas como estas não têm um grande futuro, não criativo mas a trabalhar. Com atitudes deste género, as pessoas não vão chegar a lado algum», quer acreditar o ator.

 

O que disse o acusado em abril?

 

A versão de Marcos Badalo, dono da Original Films e pai de André, o realizador de Portugal Não Está à Venda, é ligeiramente diferente da de Duarte Grilo. Na altura em que o caso foi denunciado, o produtor acusou o assistente de realização de «má fé» e explicou os termos apresentados à equipa de atores e produção.

«Toda a gente sabia as condições contratuais em relação ao pagamento dos honorários, que ficariam dependente da receita do filme. Não é o primeiro filme em Portugal que se faz assim. As produtoras independentes inicialmente fazem a proposta e as pessoas aceitam ou não», começou por nos explicar.

Trocado por miúdos, e de acordo com Marcos Badalo, atores e equipa técnica aceitaram trabalhar a troco de alimentação, deslocações e despesas correntes. Qualquer pagamento extra adviria das receitas de bilheteira, que, pouco mais de um mês depois da estreia, se revelava um fracasso, com apenas 6000 espectadores.

 

 

«O filme ficou muito aquém das expectativas, teve uma fraca bilheteira. No entanto, isso não invalida nada do cumprimento do contrato», afiançou Marcos, garantindo que «a produtora vai continuar vender o filme para conseguir dividendos de forma a conseguir ir pagando a toda a gente, desde o realizador ate ao condutor».

O responsável da Original Films explicou ainda que este tipo de condições são comuns e que toda as pessoas que participaram em Portugal Não Está à Venda as aceitou. «Não há nenhuma razão para neste momento levantar-se esta mentira. Mais ninguém levantou essa questão e contratualmente era uma alínea do contrato em que toda a gente tinha conhecimento disso.»

 

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Texto: Dúlio Silva com Raquel Costa; Fotografias: reprodução redes sociais
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