Programa de Ana Leal alvo de queixas!

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social e a Comissão da Carteira de Jornalista receberam queixas sobre o programa da TVI em que foi abordado o tema das «terapias de reconversão sexual».

25 Jan 2019 | 12:46
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A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e a Comissão da Carteira de Jornalista (CCPJ) confirmaram à Lusa terem recebido queixas relativamente ao programa da jornalista Ana Leal em que foi abordado o tema das «terapias de reconversão sexual», alegadamente praticadas pela psicóloga Maria José Vilaça.

 

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«Sim, a CCPJ confirma queixas sobre o programa da jornalista Ana Leal», disse fonte da CCPJ à Lusa, que acrescentou ainda que o número de queixas ronda as «600».

A comissão adiantou ainda que vai agora analisar as queixas recebidas e decidir se há matéria que justifique a abertura de um processo à jornalista da TVI. A ERC confirmou também a receção de várias queixas, não adiantando, contudo, quantas foram recebidas.

 

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Estas queixas referem-se à reportagem emitida a 10 de janeiro, na qual são mostradas, com recurso a uma câmara oculta, imagens da psicóloga Maria José Vilaça a fazer uma sessão de «aconselhamento espiritual» numa igreja em Lisboa.

 

Reportagem sobre Manuel Maria Carrilho condenada

 

A reportagem de Ana Leal em que são mostradas imagens de violência doméstica entre Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães, emitida na TVI a 17 de janeiro, também foi condenada pelo Conselho Deontológico dos Jornalistas.

«A identificação das crianças na reportagem e no programa em causa, contribuindo para ampliar ainda mais e de forma gratuita a exposição das vítimas, não tem qualquer justificação deontológica e ética. Tão-pouco o recurso à ocultação/dissimulação do rosto é suficiente para contornar tal efeito: desde logo porque, filhas de protagonistas sociais, são facilmente reconhecíveis; mas também porque jamais estas imagens deixarão de estar presentes no espaço público e ninguém tem o direito de impor às vítimas que se confrontem com elas no seu futuro.»

 

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O Conselho Deontológico também condenou o facto de Ana Leal ter feito perguntas a Dinis, filho menor de Bárbara e Carrilho, quando este esteve em direto no debate, na TVI24. «Apesar de uma tímida reserva inicial, a jornalista acabou por interrogar e manteve ainda no ar uma conversa com um dos menores, em direto, sem que ninguém tivesse o cuidado de desligar imediatamente a chamada.». 

 

 

 

Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala

 

 

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