Que comece a paródia: Novela “Festa é Festa” estreia-se hoje na TVI e nós contamos tudo

A nova novela da TVI, “Festa é Festa”, promete arrancar muitas gargalhadas. Cada dia há uma aventura diferente, com peripécias e conflitos, que parecem não ter fim.

26 Abr 2021 | 8:00
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Com autoria de Roberto Pereira, a estreia de “Festa é Festa” é já nesta segunda-feira, dia 26 de abril, e tem como ingredientes principais humor e muita animação. A TV 7 Dias conta-lhe como tudo se vai passar.

A história decorre na aldeia da Bela Vida e a festa é o mote principal. Todos querem fazer um brilharete neste festejo, com vista à herança da idosa, não se poupando a esforços (tal como fazem há mais de vinte anos, mas a idosa não há maneira de se finar…), nomeadamente Albino (Pedro Alves), o figurão da aldeia, que é, nada mais, nada menos, que o presidente da Junta. Presidente esse que é também o presidente da Comissão de Festas. E o presidente da Casa do Povo. E do Clube de Hóquei em Patins. E coveiro. E tudo, basicamente. Um “pavão”, que se acha o Marcelo da Aldeia.

Assim, a festa, que supostamente seria um motivo de concórdia entre toda a população, vai ser tudo menos isso, começando pela sua organização. Isto porque Tomé (Pedro Teixeira) é o dono do café da aldeia e o “Correio da Manhã” de serviço no que toca a coscuvilhices, é o grande rival de Albino desde sempre e vai disputar com ele a presidência da comissão de festas, visto o ano passado competir-lhe a ele, mas a festa não se ter realizado por causa da pandemia.

Só que Albino jamais lhe dará essa missão num ano tão simbólico, que pode ser o último de Corcovada (Maria do Céu Guerra), e também porque cedo recebem na aldeia a notícia de que a TVI vai transmitir a festa em direto. E é aqui que toda a aldeia vai querer dar o seu melhor, defendendo cada um dos intervenientes os seus interesses, mesmo que isso colida de frente com os dos outros.

Também com vista na herança da idosa, em Lisboa, o neto falido da mesma (um “tio” lisboeta, meio pedante) tem o plano de enviar a sua filha (bisneta da idosa) para a aldeia, no sentido de conquistar e construir uma relação com ela, mas com a desculpa da filha ir “curar-se” de um enorme desgosto amoroso que acabou de ter, visto o namorado tê-la trocado pela sua melhor amiga.

E eis que uma jovem lisboeta, altamente cosmopolita e tecnológica… e queque, cai contrariada naquilo que considera um “fim de mundo”, nomeadamente por não ter shoppings, lifestyle e 4G só de vez em quando… Tem tudo para correr mal, não fosse ela, a meio do processo, encantar-se por um jovem aldeão, que pouco ou nada conhece fora daquela aldeia. Ou seja, duas pessoas de mundos completamente diferentes e antagónicos.

Este jovem é filho de Albino, mas a antítese do pai. É um rapaz simplório, acólito, trabalhador, mas com uma falta de jeito (e experiência) gritante com as mulheres. Todavia, irá desde cedo sentir o seu coração a palpitar por Ana Carolina (Beatriz Barosa).

Contudo, a chegada de uma família de emigrantes, “filhos da terra”, vai agitar, não só a aldeia, como também o coração destes dois jovens, já que dessa família fazem parte dois irmãos gémeos, falsos, um rapaz e uma rapariga, que irão despertar paixões em Ana Carolina e Carlos (Rodrigo Paganelli), respetivamente, criando dois triângulos amorosos tão surpreendentes, como inesperados.

De forma humorada, “Festa É Festa” irá fazer um retrato do Portugal real, das raízes e da cultura do povo, ficcionando temas do dia-a-dia da vida das pessoas, num universo tão português, como é a aldeia e o seu evento maior: a festa.

 

Quem é quem na nova novela da TVI, “Festa é Festa”:

 

Corcovada (Maria do Céu Guerra)

É a mais idosa da aldeia e está quase a celebrar 100 anos. Por puro gozo, mantém um pequeno e discreto flirt com o taxista da aldeia, Manel, que é quem a leva a passear e às lojas dos chineses, onde Corcovada se mostra uma ávida consumidora de tudo que é chinesice e com cor.

Ana Carolina (Beatriz Barosa)

Bisneta de Corcovada e filha de João Maria, é uma “beta” de Lisboa. Todavia, não é uma rapariga fútil. É apenas convencida em demasia e de nariz empinado. Sofreu, recentemente, um desgosto de amor. Foi traída pelo seu namorado Bruno, com a sua melhor amiga, Filipa.

Albino (Pedro Alves)

Apesar de todas as falhas de carácter, tem uma grande virtude: é absolutamente fiel à esposa. Mas com muita dificuldade, já que Florinda é uma mulher assexuada e, também, porque a sua jovem e sexy secretária na Junta é vidrada por ele e não desiste das investidas. Mas Albino vai-se mantendo firme. Enquanto vai conseguindo…

Florinda (Ana Brito e Cunha)

É mulher de Albino e mãe de Carlos. É uma beata conservadora. Casou virgem. Albino foi o seu único homem até hoje. Mas acontece que Florinda vive atormentada com o seu “grande pecado” de toda a vida: ter uma paixão platónica pelo Padre Isidro, desde os tempos em que ele ainda não era padre. Ou seja, desde criança. Talvez por isso, e pela natureza em si, Florinda seja uma mulher totalmente assexuada, sem líbido, sofrendo com isso. Ela e Albino… naturalmente.

Carlos (Rodrigo Paganelli)

Filho de Albino e Florinda. Ex-acólito e “faz-tudo” na Junta. Educado, respeitador e, sobretudo, bem-mandado, tem momentos em que quase roça o totó. Isso faz com que as pessoas vão, constantemente, abusando dele, o que para um chico-esperto como o pai, é um desgosto. A juntar a tudo isto, Carlos é muito inexperiente com as mulheres. Na verdade, nunca teve uma.

Padre Isidro (Carlos M. Cunha)

Descobriu muito cedo a sua vocação para Padre, para grande desgosto das raparigas desse tempo, grupo esse encabeçado por Florinda, a sua melhor amiga desde sempre. Isidro sempre soube que Florinda era perdida de amores por ele, e também ele chegou a ser. Só que o chamamento por Deus falou mais alto.

Tomé (Pedro Teixeira)

Tem muito orgulho na sua filha, mas não gosta que ela trabalhe diretamente com Albino na Junta, temendo as más influências, nomeadamente no sotaque do Presidente. Será, durante toda a história, o grande rival de Bino, com quem terá um conflito diário e permanente.

Aida (Ana Guiomar)

É casada com Tomé e dona da “venda” da aldeia. É a “cabecilha” da comissão fabriqueira (quem trata dos doces para a festa). Tem uma atração (que não passa disso) pelo “sôtor”, inventando doenças para ser vista por ele.

Sôtor (José Carlos Pereira)

Médico. Pensam que é homossexual, mas não é. O Sôtor é um homem envolto de mistério, desconhecendo-se, de todo, a vida dele fora do consultório. É um homem culto, viajado e que, volta e meia, fica muito alheado, quer emocionalmente, quer presencialmente. Sofre de fortes dores de cabeça e automedica-se em excesso, levando a população, a pouco e pouco, ficar preocupada, sem perceber a causa.

Betinha (Ana Marta Contente)

Filha de Tomé e Aida, trabalha como secretária na Junta de Freguesia e é fixada em Albino. Provoca-o diariamente sem que, absolutamente, ninguém saiba, falando-lhe sempre que o provoca com um sotaque igual ao dele. O sonho dela é que Albino um dia a leve a conhecer o Mediterrâneo de cruzeiro e iniciarem, assim, um grande amor. Não deve muito à inteligência, mas compensa na estampa. Os homens babam todos por ela, o que irrita o seu pai Tomé e, ainda mais, Albino.

Fernando (Manuel Marques)

Marido de São e pai dos gémeos falsos. Está falido. É irmão de Adelaide (mãe de Jorge), com quem está de relações cortadas há largos anos, devido à exigência de São. Mas gosta muito do sobrinho.

São (Sílvia Rizzo)

Mulher de Fernando e mãe dos gémeos falsos. É costureira de arranjos em França, mas considera-se estilista. São é uma mulher vaidosa, de nariz empinado e muito despachada. Apesar de ainda gostar do marido, tem muito pouca paciência com Fernando. Acha-se super chique e gosta de ir de férias em bomAmiga de infância de Aida, é com ela que mais tem de disputar o centro de atenções das mulheres da geração delas da aldeia.

Vuitton (Beatriz Costa)

É irmã gémea de Louis. Em miúda adorava as férias na aldeia e teve uma “paixoneta” de infância por Carlos. Só que, a partir da adolescência, deixou de ter qualquer apego à aldeia e sofre com cada ida. A única pessoa com quem mantém algum contacto na aldeia é Manuela. É mais apegada à mãe do que ao pai. Desde a falência do pai, passou a tratá-lo com desdém, semelhante ao de São. Tem no irmão o confidente dos seus desaires emocionais

Louis (Valdemar Brito)

Ao contrário da irmã, é apegado a Portugal e às suas tradições. Sonha, secretamente, um dia viver em Portugal, mas sabe que isso causará um desgosto enorme à sua mãe. As suas ambições na vida passam pelos livros e por constituir família. De preferência com uma portuguesa. Conheceu Ana Carolina num curso de Verão em Tormes, na Fundação Eça de Queiroz, onde ambos se cruzaram sem saberem que partilhavam as mesmas origens da aldeia.

Paulo (Hélder Agapito)

É carteiro… e músico amador. Não vive na aldeia, mas passa lá todos os dias. É pouco instruído e tem um enorme défice de concentração. É tão mau carteiro quanto músico. Isto porque troca a correspondência toda e anda há anos a tentar ser ele o músico da festa, sem nunca o ter conseguido. Chegou ao posto de carteiro, através do Centro de Emprego e acha-se um ótimo carteiro, super profissional. Só que está longe de o ser.

Fátima (Marta Andrino)

Empregada no café de Tomé e bastante comunicativa. É apaixonada por Carlos desde criança e é a sua melhor amiga/ confidente. Detesta que o patrão se meta na vida dos outros. O rancho entusiasma-a por ser a única forma de sair da aldeia para conhecer o País.

António (Luís Simões)

Anda há vários anos a tentar concluir os estudos básicos para tirar a carta e levar Fátima, no seu carro, a conhecer Lisboa. É louco por ela, mas muito desajeitado quando estão a sós. É um rapaz de trabalho e ajuda na mercearia, bem como em tudo o que lhe dê uns dinheirinhos.

Jorge (Manuel Melo)

É acólito e canta no coro da igreja. Sente-se superior aos outros todos, embora a realidade lhe mostre que não. Achava que o hóquei ia acabar por ser suficiente para lhe mudar a vida, mas tal nunca chegou a acontecer. Na vida afetiva, gaba-se de ter várias namoradas, mas nunca ninguém lhe conheceu nenhuma. Esconde as condições em que vive, desde que a sua mãe, Adelaide, perdeu o emprego. Trata-se de um caso de pobreza escondida, chegando ao ponto de passar fome. É um rapaz de dupla personalidade. Se na rua, é um pequeno “pavão”, em casa é um filho de uma meiguice extrema, preocupando-se profundamente com a saúde física e psicológica da sua mãe.

Nelinha (Inês Herédia)

É uma rapariga espertalhona, mas não muito inteligente. Vive com os pais, de modo remediado, portanto, sem grandes preocupações com o dinheiro. Trabalha como rececionista do posto médico nos dias em que o sôtor lá dá consultas. É, no fundo, uma deslumbrada que sonha vir a ser como as atrizes das novelas. Quer ser famosa e, se possível, camuflar as suas raízes. Aliás, nas redes sociais não revela onde vive. Não é mentirosa, mas prefere omitir certas e determinadas coisas.

Manel (Vítor Norte)

Taxista da aldeia. Foi um bon vivant nos tempos da tropa. Finge não perceber as indiretas de Corcovada, mas vai alimentando o interesse dela. Ele é o seu veículo para fora da aldeia e ela é o seu veículo para ir enchendo os bolsos.

Glória (Catarina Avelar)

Idosa, recém-enviuvada. É mãe da Presidente da Câmara, por quem Albino se pela todo. Detesta Albino. É uma mulher com maus fígados e quezilenta.

Adelaide (Filomena Gonçalves)

Mulher de quase 60 anos. Mãe de Jorge. Irmã de Fernando. Viúva. Está à beira de um estado depressivo por ter perdido o emprego em tempos de pandemia e com crescentes sinais de pobreza extrema. Tem uma má relação com a cunhada, São.

Peixoto (Vítor Emanuel)

Cinquentão. Empreiteiro da região. É um trafulha, em particular, com os emigrantes, que não podem acompanhar as obras. Melhor amigo de Albino e isso diz tudo sobre ele. Largou a ex-família porque, em dias, enamorou-se por uma brasileira, Valquíria, e trabalha noite e dia para não lhe faltar nada. É um ciumento doentio.

Valquíria (Maria Sampaio)

Trintona, é a recente companheira de Peixoto. Os bons atributos que fizeram Peixoto apaixonar-se por ela são os mesmo que o levam quase à loucura de ciúmes. Ninguém sabe o seu passado, mas desconfiam. No entanto, Valquíria diz que era educadora de infância no Brasil. Tirou um curso de estética e, entretanto, quer iniciar um negócio ao domicílio, patrocinado por Peixoto.

Camila (Marta Gil)

Quase nos quarenta, é a Presidente da Câmara. Estudou em Lisboa, ligou-se à política e, depois de se divorciar, candidatou-se à Câmara do Município, do qual a aldeia faz parte. Filha de Glória, o que a faz ir várias vezes à aldeia: umas de visita à mãe, outras em trabalho. É uma mulher de Esquerda, cheia de princípios e não pode com Albino, cheirando a léguas as suas trafulhices.

Bruno (Gonçalo Norton)

Ex-namorado de Carolina, na casa dos vinte e poucos. Um típico beto. Traiu Ana Carolina com a melhor amiga dela. Fútil e acha que consegue sempre o que quer. Temperamental e manipulador.

Filipa (Francisca Cerqueira Gomes)

Ex-melhor amiga de Ana Carolina. Estudaram juntas desde o colégio. Invejosa, sempre cobiçou tudo o que era de Ana Carolina, em particular os namorados. Até ao dia em que se envolveu, finalmente, com um: Bruno.

João Maria (Ricardo Trêpa)

Quarentão, é um “tio” playboy da Foz, no Porto. Falido, manipulador e interesseiro. Pai de Ana Carolina e neto de Corcovada. Só namora com miúdas bem mais novas. Típico tipo que viveu toda a vida de rendimentos que, entretanto, acabaram, fazendo-o viver de esquemas para manter o estilo de vida. O grande objetivo é que a filha consiga ganhar a confiança de Corcovada e assim ficar-lhe com a herança.

 

Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt) e TVI; Fotos: Divulgação TVI
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