Rebeca contou a história da sua vida durante uma entrevista intimista a Maria Cerqueira Gomes no programa Conta-me, da TVI. Entre vários temas, a artista de 43 anos falou sobre o cancro, a depressão, a vida amorosa e profissional.
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A luta contra o cancro na garganta
Rebeca revelou que, com apenas 16 anos, conheceu o pai do filho. “Fomos muito felizes. Estivémos juntos 18 anos… casámos e tivémos o nosso Robim”. Aos 30 anos, a artista começou a ter os primeiros sintomas ao nível da saúde: “quando comia, a comida não descia em condições. Fomos a vários médicos e disseram-me que era por ser ansiosa”, conta. Mais tarde, por inciativa dos pais, dirigiu-se a um endocrinologista. “Descobri que tinha um nódulo de 3,5 centímetros na garganta, na tiróide”.
Rebeca acabou por retirou um nódulo, mas estava já convencida de que tinha cancro. 15 dias depois, confirmou-se: “vai ter de tirar o resto da tiróide. É um carcinoma papilar”, disse a médica ao pai. Acreditou que seria o fim da sua carreira musical. Antes da operação, despediu-se dos palcos. “Disse às minhas bailarinas, a toda a minha equipa que foi o meu último.”
A depressão
Depois, veio a depressão que ainda dura. “Queria acabar com isto. Com o sofrimento, daquela dor que tinha 24 horas”. Nem o amor pelo filho mudou isso. “Eu olhava para ele e pensava ‘tenho de viver por ele’, mas não conseguia”, revela. “Pensei em dar cabo de mim”, confessa.
O final do casamento e o cancro da mama
Seguidamente, o casamento terminou. “Tenho essa noção [de que terminou por causa da depressão]. Eu fui culpada”. Porém, os dois mantêm uma excelente amizade. “Somos mesmo muito amigos”. O amor volta a surgir quatro anos depois do cancro. “Vi o Hélio e fiquei a transpirar e tremer. Foi aí que tudo começou. Ele ligou-me a perguntar se queria beber um café”. Agora, já lá vão 12 anos!
Em 2017, descobriu que tinha cancro na mama. “Lembro-me de andar muito cansada (…) Toquei na mama sem querer e apercebi-me que tinha um nódulo duro”, recorda. As férias foram interrompidas e o diagnóstico temido chegou: cancro da mama. “Como é que é possível”, pensou. “Tinha um tumor muito agressivo, com uma grande proliferação. Tive de ser operada com muita urgência”.
A artista falou ainda sobre a reação do filho: “entrou num pânico, pranto, chorava, gritava, até as feições mudaram. Sofreu muito”. Seguiram-se sessões de radioterapia, imunoterapia e quimioterapia. O cabelo começou a cair e decidiu rapar.
Texto: Joana Dantas Rebelo e Tomás Cascão Fotos: redes sociais