Sandro não resistiu à pressão depois de o enteado, filho de Márcia, ter contado à Polícia Judiciária que viu Valentina a chorar na casa de banho de casa. De acordo com um diário generalista, o pai da menina revelou todos os detalhes e aceitou reconstituir o crime.
Escreve o Correio da Manhã que Valentina estava com o pai na casa de banho quando tudo começou. A menina estava na banheira e o pai perguntava-lhe se andava a ser abusada sexualmente. A chorar, dizia que não, mas o pai insistia enquanto a atingia com jatos de água fria e quente de forma alternada. A criança nunca cedeu e manteve sempre a versão de que não existiam quaisquer abusos. Sandro retirou-a da água, agrediu-a violentamente com um chinelo e depois estrangulou-a, tendo perdido os sentidos.
Segundo Sandro, Márcia estava à porta e ambos levaram a criança para a cozinha da casa. Perceberam depois que o estado de Valentina era grave. O pai sentou-a no seu colo enquanto a madrasta lhe dava estalos para a tentar acordar. A menina recuperava os sentidos, mas acabava por perdê-los. Foi deitada no sofá embrulhada numa manta amarela. Valentina ficou em agonia durante horas.
Câmaras mostram pai, madrasta e Valentina, já cadáver
O corpo da criança apenas foi levado para o mato durante a noite. Câmaras de bombas de gasolina mostram o carro onde seguiam Sandro, Márcia e Valentina, já cadáver. Uma testemunha diz ter visto o homem com algo ao colo, na zona onde o corpo foi encontrado. Quando o casal foi detido, a testemunha deslocou-se à PJ de Leiria para contar que só naquele momento percebeu que o que Sandro transportava no colo era o corpo da criança.
Valentina, de nove anos, foi espancada pelas 09h00 e terá morrido dez horas depois, pelas 19h00. A menina desapareceu a 7 de maio de 2020. O crime aconteceu em Atouguia da Baleia, Peniche.
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