Henrique Garcia tinha acabado de celebrar o 70.º aniversário quando foi surpreendido com uma carta da então administração da TVI. Nela, era informado de que teria de deixar a estação. “O que se passou, nessa altura, foi um pouco inesperado”, recorda o jornalista, em exclusivo à TV 7 Dias, agora que se cumpriram quatro anos desde que se despediu da antena do canal de Queluz de Baixo. “Completaram-se no dia 1 de maio, Dia do Trabalhador”, sublinha. É a ironia da vida…
O veterano admite ter sentido “mais ressentimento” do que mágoa pela “forma como as coisas foram feitas”. “Não esperava que acontecesse assim”, assume Henrique Garcia, explicando logo de seguida: “Não é obrigatório reformar-me aos 70 anos. Isso é uma imposição do Estado que as empresas privadas podem aplicar se quiserem. Por exemplo, posso dizer que o Fernando Pessa entrou para os quadros da RTP aos 80 e tal anos. Ele nunca tinha sido funcionário da RTP. Eu, por exemplo, agora, com 74 anos, posso entrar para os quadros de uma empresa que me queira contratar e eu queira aceitar. Nada impede que uma pessoa trabalhe depois dos 70 anos. Nada. Permite à empresa fazer isso, mas não obriga a empresa a fazer isso. Daí o ressentimento.”
Contudo, o ressentimento está ultrapassado. “Completamente. É para o lado que durmo melhor”, garante, tranquilo, o jornalista. É a experiência a falar mais alto. “Há que encarar a vida como ela se representa e tentar resolver as situações que ela nos apresenta”, relativiza.
Na edição desta semana da TV 7 Dias, descubra como é a “vida nova” de Henrique Garcia. Aos 74 anos, o jornalista diz-se mais do que pronto para voltar ao ativo. Já nas bancas!